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11/Jul/2024

Governo não descarta leilão para compra de arroz

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou nesta quarta-feira (10/07) que a possibilidade de um novo leilão para compra pública de arroz importado segue no radar do governo. Segundo ele, é "inexorável" a realização do pregão caso os preços do produto não baixem nas gôndolas dos supermercados, principalmente nas capitais da Região Nordeste. Ele afirmou que o governo tem feito uma gestão de preços em conjunto com a cadeia produtiva do arroz. Nesta semana, os dados serão apresentados para indicar onde será necessário fazer um abastecimento pontual do produto para provocar uma queda nas cotações finais aos consumidores. Nesta semana, serão divulgados os preços praticados nas capitais da Região Nordeste.

Se necessário, o governo vai solicitar aos produtores e indústrias que coloquem produto para baixar o preço nestas capitais. Caso isso não aconteça, é inexorável um leilão, pontuou Paulo Teixeira. Ele voltou a dizer que o edital para o novo leilão está pronto. A medida é o preço do arroz. Se o preço chegar a um patamar adequado, o leilão não é necessário. Será realizado o monitoramento semanal para ver se diminui preços nas capitais, em especial na Região Nordeste, que é onde aumentou. Produtores e indústrias terão que ter que tomar uma atitude. Caso contrário, o único meio que resta ao governo é comprar e ter instrumento para garantir arroz a preços mais adequado para o bolso do brasileiro. O ministro fez um apelo para produtores e indústrias baixarem os preços do arroz no País, pois considera que ainda está muito alto.

Um grupo formado pelos ministérios da Fazenda, da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em conjunto com a Câmara Setorial do Arroz fará essa gestão de preços. Os produtores de arroz procuraram o governo e garantiram o abastecimento onde o preço está alto. Paulo Teixeira confirmou que os preços do arroz estavam em alta no País antes mesmo da catástrofe climática do Rio Grande do Sul, ocorrida entre o fim de abril e início de maio, mas que desde então as cotações dispararam e não voltaram à normalidade em algumas regiões. O governo tem a intenção de estimular o aumento do plantio do cereal em outros Estados.

Tendo em vista que o arroz é produto de consumo diário do povo brasileiro e que sofreu aumentos importantes na pandemia e antes até do desastre no Rio Grande do Sul, é importante aumentar a produção. Vários mecanismos estão sendo desenvolvidos. O primeiro é de juros menores para quem produzir arroz, de 3%, e para o arroz orgânico, de 2%. O governo mantém também a ideia de lançar contratos de opção para garantir a compra de arroz a um preço pré-estabelecido. Quem produzir arroz em determinada região e não conseguir Preço Mínimo, o governo comprará, dará garantia de compra desse arroz. Também haverá uma política de estoque de arroz pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para quando aumentar preço o governo conseguir disponibilizar o arroz que tem estocado. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.