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20/Jun/2024

Fávaro nega ligação com Robson de Almeida França

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, negou qualquer ligação com o presidente da Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT) e sócio proprietário da Foco Corretora, Robson Luiz de Almeida França. Ele intermediou 44% do valor negociado no primeiro leilão de compra pública de arroz importado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), tendo arrematado para as empresas que representou 116,6 mil toneladas das 263 mil toneladas comercializadas no certame público, explicou Fávaro, durante audiência na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados sobre a importação de arroz pelo governo federal, que durou quase cinco horas.

Antes de abrir sua corretora em Mato Grosso, França foi assessor do ex-secretário de Política Agrícola e ex-deputado federal, Neri Geller, na Câmara dos Deputados até 2020. Como advogado, ele também atuou nas eleições de 2020 e 2022 para o Progressistas em Mato Grosso. Além disso, França é sócio em outra empresa do filho de Geller, Marcello Geller. O ex-secretário e ex-deputado federal nega qualquer favorecimento a França ou envolvimento do filho no certame público. Geller foi exonerado do por suspeita de tráfico de influência e conflito de interesse. Segundo o ministro, após vir a público as suspeitas sobre França e a ligação dele com Geller, Fávaro teria questionado Geller sobre quem seria Robson. "Ele me respondeu: você conhece. É meu advogado e do PP. Ele me disse também que conheço o processo de que são as bolsas de mercadorias que habilitam as empresas e credenciam corretoras", afirmou Fávaro.

O leilão em questão de 263 mil toneladas de importação pública de arroz pelo Executivo foi realizado em 6 de junho pela Conab e anulado em 11 de junho pelo Executivo. Fávaro estava na China quando saiu o resultado do leilão e ficou sabendo das empresas vencedoras no dia 8 de junho. Imediatamente, o ministro afirma que agendou uma primeira reunião com Neri Geller, no dia 9 de junho. No dia 10 de junho, houve reunião com a Advocacia Geral da União e a Controladoria Geral da União. No dia 11 de junho, foi decidido pelo cancelamento do leilão e surgiu a sugestão de que Neri Geller pedisse demissão. Foi determinação do presidente Lula para CGU, AGU e Polícia Federal fazerem investigação para dar legitimidade ao processo. Fonte: Broadcast Agro.