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20/Jun/2024

Alta de preços após chuvas no RS motivaram leilão

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, voltou a afirmar, nesta quarta-feira (19/06), que os preços do arroz subiram de 30% a 40% no mercado interno após as enchentes do Rio Grande do Sul, Estado que responde por 70% do abastecimento nacional e teve escoamento prejudicado por gargalos logísticos e dificuldades de emissão de nota fiscal interestadual. O abastecimento interno é “mais ou menos suficiente”. Por que o arroz subiu 30% quatro dias após a tragédia no Rio Grande do Sul se não é um ataque especulativo? Qual é a justificativa?", questionou Fávaro, durante audiência na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados sobre a importação de arroz pelo governo federal. Parlamentares questionaram o ministro sobre a fonte dos dados de aumento de preços e divergem que o valor do produto aumentou mais de 30%.

O indicador Cepea/Irga mostra alta de 9,11% no preço do arroz em casca pago ao produtor de maio a junho no Rio Grande do Sul. O ministro voltou a defender que a decisão do Executivo de importar até 1 milhão de toneladas de arroz não é uma afronta aos produtores. Não é o produtor que forma o preço do arroz. Não é o produtor que fez o ataque especulativo, mas é fato que o arroz subiu de 30% a 40% tendo arroz disponível no mercado, afirmou Fávaro. Para o ministro, não há divergência quanto ao tamanho da safra brasileira mesmo após as enchentes que afetaram as lavouras do Rio Grande do Sul. É fato que consumo e produção brasileira de arroz são mais ou menos equivalentes. O Brasil historicamente exporta 1 milhão de toneladas de menor qualidade e importa 1,5 milhão de toneladas. O número é mais ou menos suficiente, apontou. A autorização para a compra até 1 milhão de toneladas representa em torno de 10% da produção. Talvez não seja necessário.

O governo também zerou o imposto de importação para arroz de países de fora do Mercosul para frear o aumento dos preços, acrescentou. A previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de colheita de 10,4 milhões de toneladas na safra 2023/2024. Em relação ao balanço de oferta e demanda do cereal, a Conab estima a importação do cereal em 2,2 milhões de toneladas, de consumo em 11 milhões de toneladas e de exportação em 1,2 milhão de toneladas na temporada atual. Fávaro também rebateu os boatos de que o arroz importado não segue os padrões de qualidade ou regras sanitárias vigentes no País. São as mesmas origens de arroz importado em 2020 pelo Brasil, o que desmistifica que é produto contaminado. O padrão de qualidade está estabelecido no edital de compra. Não há risco ao erário público, porque se o produto fornecido não alcançar o padrão, o governo não paga, esclareceu Fávaro. Fonte: Broadcast Agro.