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20/Jun/2024

Leilão: transparência para investigação do processo

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a exoneração do ex-secretário de Política Agrícola Neri Geller, realizada no dia 12 de junho, foi uma decisão tomada em conjunto pelo governo para mostrar transparência no processo de gestão de forma preventiva. A exoneração de Neri Geller não é um ato de juízo de valor ou de condenação. Não se trata de julgamento de algum ato falho, mas sim liberdade total para investigar. É transparência dada para investigar e evitar conflito de interesse, afirmou Fávaro, durante audiência na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados sobre a importação de arroz pelo governo federal.

A demissão de Geller ocorreu após vir a público sua ligação com um dos principais intermediários do certame público de compra de 263,6 mil toneladas de arroz importado, Robson Luiz de Almeida França, presidente da Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT) e sócio proprietário da Foco Corretora. Além de ex-assessor de Geller na Câmara dos Deputados, França é sócio em outra empresa do filho de Geller, Marcello Geller. O ex-secretário e ex-deputado federal nega qualquer favorecimento a França, que, segundo ele, foi seu assessor até 2020, ou envolvimento do filho no certame público. Neri Geller disse que ficou "chateado" com Fávaro pela forma com que saiu do governo. O ministro sinalizou que, comprovada a inocência de Geller, pode haver espaço para sua volta ao governo.

Ele citou como exemplo um caso do governo de Itamar Franco, em 1994, no qual um ministro foi reconduzido ao cargo 101 dias após a exoneração, depois de comprovar a ausência de irregularidades. Fávaro afirmou que sua convicção pessoal é a de que, apesar do ato falho de ligações do filho com empresa que intermediou o leilão, não há nada de errado, mas precisa ser investigado. O governo avaliou que o melhor caminho, naquele momento, era afastar Neri Geller, o que mostra transparência. Não tendo nada, fica apto e mostra retidão do processo. Segundo o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou investigação de leilão de arroz pela Controladoria Geral da União (CGU) para garantir transparência ao processo. Fonte: Broadcast Agro.