12/Jun/2024
O Sindicato das Indústrias de Arroz de Pelotas (Sindapel) avalia que o governo foi prudente ao cancelar o leilão para compra de arroz. O leilão nem deveria ter acontecido. Não havia legitimidade, já que nenhuma empresa de arroz estava participando. O leilão para compra de arroz foi cancelado nesta terça-feira (11/06) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) após serem levantadas suspeitas sobre as empresas que venceram o certame. A expectativa é de que o governo reconsidere a realização de um novo leilão. O aumento nos preços do grão foi atribuído aos problemas temporários de transporte, após os eventos climáticos no Rio Grande do Sul. Mas o mercado já estabilizou e voltou ao normal. Assim, o leilão não é mais necessário. Além disso, tabelar os preços do arroz pode prejudicar os produtores, mercado e os consumidores. A lei da oferta e da procura precisa ser respeitada.
A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul afirmou que o governo só "bagunçou o mercado" com o leilão de compra de arroz, cujo cancelamento foi anunciado nesta terça-feira (11/06). O governo, quando interveio no mercado, criou uma alta no preço. Quando ele disse para as pessoas que podia faltar arroz, as pessoas saíram para o supermercado para se abastecer. O preço subiu ao consumidor. E quando ele disse que vai fazer um leilão de 1 milhão de toneladas, o preço do arroz no Mercosul explodiu. E quando disse que não compraria do Mercosul, compraria de fora, o preço na Tailândia e no Vietnã subiu. Agora, com a saída do governo do mercado, a situação deve voltar à normalidade. O leilão foi um desrespeito com o produtor rural do Rio Grande do Sul. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.