12/Jun/2024
A Wisley A. de Souza, uma das empresas que haviam vencido o leilão para a compra de arroz cancelado nesta terça-feira (11/06) pelo governo federal, afirmou que sua reação é de lamento e surpresa. Na segunda-feira (10/06), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já havia oficiado a empresa para apresentação de documentação complementar demonstrativa de capacidade técnica, operacional e financeira. O documento está pronto para ser protocolado, junto com aprovação bancária referente a caução de garantia que seria apresentada antes do prazo estipulado. O leilão foi cancelado depois de ter sido levantado suspeitas sobre algumas das empresas vencedoras.
A Wisley, por exemplo, é uma mercearia em Macapá (AP) cujo nome fantasia é "Queijo Minas". A firma havia ganhado o direito de vender 147,3 mil toneladas de arroz para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por R$ 736,2 milhões. O total leiloado no certame, agora cancelado, foi de 263,3 mil toneladas. Quando o caso veio à tona, a empresa afirmou ter mais de 17 anos de experiência no comércio atacadista de alimentos. A empresa lamenta que grupos com interesses contrariados estejam tentando afetar sua imagem e deturpar a realidade num momento em que é essencial o País encontrar formas de assegurar o abastecimento de arroz para a população.
A ASR Locadora de Veículos criticou o cancelamento do leilão de arroz promovido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Na visão da empresa, o cancelamento ocorreu porque o governo sentiu pressão do agronegócio brasileiro e se precipitou. A ASR destacou que ainda desconhece o motivo oficial para o cancelamento. Após várias polêmicas e desconfianças do setor agropecuário quanto à lisura do leilão para importação de arroz, realizado pela Conab, o governo federal decidiu cancelar o certame já realizado. A ASR atribuiu ao mercado interno a resistência ao leilão, acusando-o de querer elevar os preços do arroz para lucrar mais.
Enfatizou, ainda, que sua vitória no leilão se deu pelo boicote de grandes nomes do setor ao pregão da Conab, o que permitiu que empresas de menor porte, como ela, saíssem vencedoras. Quanto à participação em um leilão de importação de grãos, apesar de ser uma locadora de máquinas e veículos, a empresa esclareceu que tem um CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) secundário de distribuição de alimentos. No fim do ano passado já ganhou um leilão para vender 211 mil sacas de 60 Kg milho para a Bahia. A empresa está entrando nessa área.
A Icefruit, uma das líderes no mercado de frutas, vegetais e congelados no Brasil, que foi uma das vencedoras do leilão de arroz do governo federal cancelado, declarou que cumpriu todas as regras do leilão. A empresa afirmou que respeita as instituições e recebeu com surpresa a decisão. Todos os requisitos foram atendidos e comprovada a idoneidade. A empresa irá participar do próximo leilão, independentemente das novas regras, pois nada a desabona.
Apesar de ser especializada em frutas, a empresa explicou que procurou fornecedores internacionais de alta qualificação e capacidade de empacotamento, sendo a logística de distribuição interna uma atividade cotidiana na Icefruit. A empresa planeja participar de novas concorrências para aquisição de arroz importado, assim que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) determinar novas datas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.