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03/Jun/2024

Arroz importado deve chegar ao mercado em 40 dias

O governo federal estima que o arroz que será importado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deve chegar às gôndolas dos supermercados em até 40 dias, segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. O edital da Conab para compra pública de 300 mil toneladas de arroz importado e beneficiado terá prazo de 90 dias para a primeira compra do volume gradual. O tempo de chegada vai depender do local do fornecedor do arroz, porque se vier da Ásia demora um pouco mais que o dos players do Mercosul. Entre 30 e 40 dias esse arroz estará nas gôndolas dos supermercados ao consumidor. O arroz importado pelo governo será comercializado a R$ 20,00 por pacote 5 Kg, com identificação do governo federal, embalado na origem e preço tabelado. O arroz a ser comprado será o agulhinha tipo 1. A Medida Provisória do Executivo autorizou compra de até 1 milhão de toneladas.

O governo irá comprar somente o necessário até o mercado se estabilizar mantendo níveis razoáveis de preço ao consumidor. Não haverá racionamento na quantidade de venda por consumidor. A publicação do edital do leilão pela Conab é o próximo passo para a compra pública do cereal. Em portaria interministerial, o governo estabeleceu todos os parâmetros necessários para a empresa pública realizar a operação com liberação de R$ 2,53 bilhões. A importação do produto terá de ser feita pela Conab via leilão público por intermédio de bolsa de mercadorias. Os estoques do arroz adquiridos pela Conab pelo mecanismo de leilão deverão ser direcionados à venda para mercados de vizinhança, supermercados, hipermercados, atacarejos e outros estabelecimentos comerciais, incluindo equipamentos públicos de abastecimento, que possuam rede de pontos de venda nas regiões metropolitanas.

A portaria prevê que haja deságio da estatal para a venda do cereal, ou seja, que comercialize o produto importado a preço inferior ao adquirido. O preço de venda final ao consumidor final será tabelado em R$ 4,00 por Kg de arroz. O ministro disse que o leilão será aberto a players de todo o mundo, o que foi favorecido pela retirada do imposto de importação para cereal de países de fora do Mercosul até o fim do ano. Na primeira tentativa de compra, a expectativa era de que o arroz do Mercosul seria mais competitivo por frete e sem incidência de tributos, mas em 4 dias houve especulação de 30%. Os recursos para compra de 104 mil toneladas dariam apenas para comprar 70 mil toneladas e, por isso, governo suspendeu o leilão. Agora, espera que o Mercosul tenha consciência que se quiser participar haverá competitividade. O ministro refutou a ideia de que a medida para importação do arroz pelo governo seja intervenção estatal.

O governo não quer intervir no mercado, mas o mercado deve voltar logo ao preço justo com o combate à especulação. O governo está longe de qualquer intervenção até porque se o Brasil produz em torno de 10,5 milhões de toneladas de arroz, 300 mil toneladas não farão intervenção. O governo não pretende afrontar os produtores com a medida, pois sabe que o Rio Grande do Sul tem estoque suficiente e não há risco de desabastecimento, mas o governo precisa coibir a especulação. O preço do arroz subiu de 30% a 40% em um mês, o que é inconcebível. Não seria preciso importar se tivesse situação normal, disse Fávaro, mencionando que não foi o produtor que aumentou o preço do produto e sim agentes de mercado que seguraram a comercialização. A Conab vai comprar arroz e disponibilizar a preço justo ao consumidor até a situação se normalizar. Fonte: Broadcast Agro.