28/May/2024
Entidades do setor arrozeiro do Rio Grande do Sul pediram ao Ministério da Agricultura a revisão das medidas recentes adotadas pelo governo federal em relação ao produto, como a autorização de compra pública de 1 milhão de toneladas de cereal importado e a isenção da tarifa de importação para arroz importado. O pleito foi levado pela Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Federação das Cooperativas de Arroz do Rio Grande do Sul (Fearroz) e pelo Sindicato da Indústria do Arroz no Estado do Rio Grande do Sul (Sindiarroz) ao ministro Carlos Fávaro em reunião na sexta-feira (24/05). As entidades pediram o cancelamento, e não apenas a suspensão do leilão de compra pública do cereal, e a revisão da isenção da TEC para arroz importado limitada a uma cota de 100 mil toneladas e até meados de outubro.
Hoje, a alíquota de importação está zerada sem limite de volume e até o fim do ano. Foi solicitado novamente a não intervenção do governo no mercado. O que ocorre no momento são problemas logísticos e de emissão de nota fiscal e não de oferta de arroz, pois o que houve foi um gargalo momentâneo. A tendência é que em 30 dias as condições para o abastecimento de arroz estejam normalizadas. Não existe necessidade de importação para volume indefinido sem TEC. O pedido das entidades foi de liberar TEC para 100 mil toneladas e não para volume irrestrito, como afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, recentemente. Entre as justificativas, os arrozeiros argumentam que a oferta pelo governo de arroz a R$ 4,00 por Kg está descasada do mercado mundial e do preço médio do produto de R$ 5,00 a R$ 6,00 por Kg.
Isso vai trazer desestímulo ao produtor para manter área de produção com preços abaixo do custo de produção e o Brasil voltará a diminuir área plantada, o que foi a tônica do mercado nos últimos dez anos com dependência do mercado externo. Não houve sinalização por parte do Ministério da Agricultura de revisão das medidas quanto ao arroz. Entidades supermercadistas, atacadistas e de varejo também participaram do encontro. Fávaro disse ao setor arrozeiro que é uma determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva manter estabilidade neste momento e pediu esforço de todos. Não há jogo de divergência entre produtores e o governo, mas é preciso dar resposta à população e olhar o Brasil como um todo. Há uma corrida desenfreada na busca de arroz por conta de fake news e de oportunidades descabíveis de lucro, afirmou Fávaro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.