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09/May/2024

MP para autorizar a importação do arroz em breve

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que deve ser publicada em breve a Medida Provisória (MP) que autorizará a importação, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de até 1 milhão de toneladas de arroz. A decisão se deve aos alagamentos no Rio Grande do Sul, maior produtor nacional, e ao risco de desabastecimento. O ministro reiterou que isso não quer dizer que a Conab vai adquirir essa quantidade de arroz de outros países. Segundo ele, serão compradas inicialmente 200 mil toneladas. O Brasil praticamente é autossuficiente. A ideia não é concorrer, baixar preços dos produtores, mas o governo não pode deixar desabastecer e subir preços nos supermercados, ponderou o ministro.

A compra será feita nos países do Mercosul, prioritariamente Paraguai, via Foz do Iguaçu (PR), por via rodoviária. Mas pode ser da Argentina e do Uruguai, por cabotagem. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o principal tipo de arroz importado pelo Brasil (sem casca) registrou 1 milhão de tonelada comprada no ano passado; em valores, foram US$ 518 milhões. As principais origens do arroz sem casca importado são do Mercosul. No ano passado, quase 60% vieram do Paraguai, 32% foram comprados do Uruguai e 5% foi importado da Argentina. No Brasil, Minas Gerais foi o maior Estado comprador, seguido pelo Rio Grande do Sul.

A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) afirmou que a colheita de arroz no Rio Grande do Sul em 83% da área semeada garante o abastecimento dos brasileiros. Já há um bom volume de arroz e, mesmo que haja dificuldades na colheita deste saldo que falta colher, certamente o Rio Grande do Sul tem plenas condições de colher uma safra bem acima de 7 milhões de toneladas. De fato, há um problema momentâneo de logística, principalmente na ligação com o interior do Rio Grande do Sul. Mas, a ligação com os grandes centros através da BR-101 está normal, há bastante arroz para deslocar para as regiões centrais do Brasil. Então não existe qualquer problema com relação ao abastecimento ou uma necessidade urgente de importação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.