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25/Apr/2024

Varejo alimentar deve ter recuperação nas vendas

O primeiro trimestre de 2024 deve mostrar melhora de vendas no varejo alimentar, tanto pela expansão dos grupos, quanto pela alta da inflação de alimentos. As bandeiras de atacarejos seguem demonstrando ganhos com lojas convertidas depois de adquiridas, tanto pelo Atacadão, do Carrefour, quanto pelo Assaí. No varejo, a bandeira Pão de Açúcar deve apresentar aumento de vendas devido a melhorias operacionais, enquanto as lojas do mercado Extra devem apresentar estabilidade e as do varejo do Carrefour, queda, com a maior competição de preços. A última linha dos balanços do setor, por sua vez, deve seguir afetada por despesas financeiras altas, com destaque para esse impacto no Assaí e no GPA.

Para o Assaí, a expectativa para o primeiro trimestre de 2024 do Assaí é de ganhos de receita e geração de caixa (Ebitda) devidos à expansão da rede e ao amadurecimento de lojas convertidas do Extra Hiper. No entanto, o lucro líquido deve ser prejudicado pelas despesas financeiras com o patamar de juros ainda alto. Na parte do lucro, a Genial pontua que, além das despesas financeiras altas devido ao patamar de juros e o endividamento da companhia, a empresa ainda deve sofrer impactos do fim de benefícios tributários. Segundo a média das quatro casas consultadas (Itaú BBA, XP, Genial e Safra), o lucro líquido deve ser de R$ 48,7 milhões, queda de 32% frente ao resultado do mesmo período de 2023. E Ebitda ajustado deve ficar em torno de R$ 1,2 bilhão, alta de 24%. A receita líquida deve ser de R$ 17,2 bilhões, alta de 14%.

Para o Grupo Carrefour Brasil, são esperados resultados mistos. Enquanto o braço de atacarejo, com a marca Atacadão, deve apresentar crescimento de receita, tanto em razão da alta de preços dos alimentos, quanto pela expansão e conversão de lojas adquiridas do BIG, o braço de varejo deve ver esse indicador cair. Por outro lado, o Sam's Club deve ser um destaque positivo, impulsionado pelas vendas de Páscoa que, neste ano, aconteceram ainda no primeiro trimestre. A lucratividade do grupo, por sua vez, deve melhorar, conforme os gastos de conversão de lojas compradas do BIG saem da conta. Segundo a média de três casas consultadas (XP, Genial e Safra), o lucro líquido deve ser de R$ 66 milhões, revertendo resultado negativo de R$ 112 milhões no primeiro trimestre de 2023. De acordo com a média das projeções das quatro casas, incluindo o Itaú BBA, o Ebitda ajustado deve ficar em torno de R$ 1,4 bilhão, alta de 30%. Já a receita líquida deve ser de R$ 25 bilhões, alta de 3%. Segundo prévia divulgada pela varejista, as vendas consolidadas do Carrefour Brasil somaram R$ 27,8 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o que significa uma alta de 2,5% ante o primeiro trimestre de 2023. Os dados são preliminares e não auditados.

Para o GPA, os analistas de mercado esperam um trimestre que mostre os efeitos da melhora operacional, especialmente na bandeira Pão de Açúcar. No entanto, o alto nível de endividamento deve seguir pressionando a última linha do balanço, que seguirá no negativo. A XP e o Safra preveem uma alta de cerca de 7% na receita líquida da companhia, chegando a algo em torno de R$ 4,8 bilhões. Para o Ebitda ajustado, a expectativa da XP é de R$ 323 milhões, alta de 44% sobre a base consolidada apresentada um ano antes. Já para o Safra, o número deve ser de R$ 342 milhões, com alta de 27%, já que a casa usou como base o Ebitda divulgado sob a rubrica de "novo GPA Brasil" um ano antes. Para o prejuízo líquido, a expectativa é de R$ 146 milhões negativos, uma redução de 54%, para a XP. Para o Safra, a perspectiva é de R$ 129 milhões de prejuízo, sem especificar a base de comparação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.