25/Apr/2024

Segundo o Goldman Sachs, as vendas do Grupo Carrefour Brasil no primeiro trimestre do ano ficaram um pouco acima das expectativas. O trimestre foi marcado por uma melhor ambiente de inflação alimentar. Esse desempenho favorável é atribuído a uma quantidade maior de lojas abertas do que o previsto na divisão C&C, bem como a uma dinâmica de vendas no conceito mesmas lojas (SSS) melhor do que o esperado. Esse resultado foi diretamente influenciado pela alta inflação de alimentos e pela introdução de serviços nas lojas do Atacadão, o que impulsionou uma aceleração sequencial nas vendas SSS. No primeiro trimestre de 2024, a inflação de alimentos acelerou para 1,7%, em comparação com -1,0% no último trimestre de 2023. A operação de varejo concentrou-se no ajuste do portfólio, resultando no fechamento de 123 lojas, entre hipermercados e supermercados. Embora o segmento tenha mostrado melhora sequencial nas vendas comparáveis, estas ainda permaneceram negativas.

O Atacadão, que representa 69% da receita bruta de varejo no primeiro trimestre de 2024, registrou um crescimento total da receita bruta de 6,6% em relação ao ano anterior. Esse aumento foi impulsionado tanto pelo crescimento orgânico de 4,5% quanto pelo aumento nas vendas comparáveis (excluindo calendário) de 1,8% em relação ao ano anterior. Além disso, a introdução de serviços em algumas lojas também contribuiu para o aumento do tráfego de clientes. Para o futuro, a companhia planeja expandir os serviços oferecidos em suas lojas do Atacadão para mais 62 unidades até o final de 2024, totalizando 120 lojas. As antigas lojas do Grupo BIG convertidas em Atacadão também tiveram um papel relevante neste resultado, registrando um sólido crescimento nas vendas comparáveis de 21% no primeiro trimestre de 2024. O Sam's Club se destacou ao continuar superando os outros segmentos em termos de vendas mesmas lojas, impulsionado por um aumento anual de 33% na base de membros ativos.

Para o Itaú BBA, a prévia de vendas apresentada pelo Grupo Carrefour Brasil foi positiva e sugere um melhor impulso operacional para o futuro. Os ventos favoráveis da inflação alimentar e um aumento no volume contribuíram para um desempenho melhor do que o previsto em mesmas lojas em todas as divisões. No geral, o desempenho de vendas foi fraco, mas melhor do que o previsto. As lojas convertidas do BIG têm se mostrado mais saudáveis do ponto de vista de produtividade. Com essas conversões bem-sucedidas até aqui, a divisão de atacarejo registrou um crescimento de 7% na comparação anual, para R$ 19,3 bilhões. As vendas no varejo, por sua vez, caíram 11%, impactadas por uma redução de 24% na área de vendas mais um desempenho negativo de vendas em mesmas lojas. Ainda assim, esse último indicador, que foi de -1,2%, ficou melhor do que a queda prevista, de 1,4%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.