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15/Jan/2024

Comércio mundial de arroz deverá recuar em 2024

De acordo com as últimas estimativas da FAO, a produção mundial de arroz em 2023 avançou 0,8% em 2023 para 790,4 milhões de toneladas (525 milhões de toneladas), contra 784,5 milhões de toneladas em 2022. No Paquistão, a produção aumentou 30%, retornando ao nível de 2021, compensando parcialmente as quedas na Índia e na Tailândia. Na China, a produção permaneceu estável em 2023. Após uma safra decepcionante em 2022, a produção teve forte recuperação de 37%, retornado ao nível de 2021. Em contraste, a produção no Mercosul diminuiu novamente devido às más condições climáticas. O comércio mundial de arroz em 2023 recuou 5,4%, para 53,0 milhões de toneladas, contra 56,0 milhões de toneladas anteriormente. Essa queda se deve principalmente à redução das importações chinesas, mas também ao aumento da produção em algumas regiões deficitárias, principalmente na África, no Oriente Médio e no sul da Ásia.

Além disso, a decisão da Índia de proibir as exportações de arroz não-basmati (um quarto das exportações indianas e 11% das exportações mundiais) contribuiu para acentuar a queda no comércio mundial. O forte aumento nos preços mundiais, causado em grande parte por essas restrições, forçou alguns países importadores a adiar e/ou reduzir suas demandas de importação. No entanto, parte da redução das exportações indianas foi compensada pela Tailândia e pelo Vietnã, que registraram forte crescimento nas vendas externas durante o último trimestre de 2023. As exportações mensais da Tailândia aumentaram 15% durante esse período. Em contraste, as exportações indianas de arroz não-basmati caíram 50%. As primeiras previsões para 2024 apontam para uma nova contração do comércio mundial em 2%, para 52,0 milhões de toneladas.

Os estoques mundiais de arroz terminando em 2023 permaneceram relativamente estáveis em 196,5 milhões de toneladas contra 196,9 milhões de toneladas em 2022, representando 38% das necessidades de consumo mundial, 3% acima da média dos últimos cinco anos. Em 2023, as reservas da China caíram novamente para compensar a estagnação da produção e a redução das importações. Entretanto, os estoques chineses continuam abundantes, correspondendo a 70% do consumo doméstico anual e 50% dos estoques mundiais. Na Índia, os estoques aumentaram 4%, em grande parte devido às restrições à exportação. Os estoques dos principais países exportadores atingiram 57,5 milhões de toneladas em 2023, equivalentes a 30% dos estoques mundiais. Em 2024, espera-se que os estoques mundiais aumentem 1,6%, atualmente estimados em 200 milhões de toneladas. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.