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11/Jan/2024

Cesta Básica: preços caem em 15 capitais em 2023

De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que conduz mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos em 17 capitais, o valor da cesta básica registrou uma diminuição em 15 capitais durante o ano de 2023. As maiores reduções acumuladas, ao longo do período de 12 meses entre dezembro de 2022 e o mesmo mês do ano anterior, foram observadas em Campo Grande - MS (-6,25%), Belo Horizonte - MG (-5,75%), Vitória - ES (-5,48%), Goiânia - GO (-5,01%) e Natal - RN (-4,84%). Por outro lado, taxas positivas acumuladas foram evidenciadas em Belém - PA (0,94%) e Porto Alegre - RS (0,12%). A tendência geral para os itens foi de redução, um movimento que, aliado à valorização do salário-mínimo e à expansão da política de transferência de renda, proporcionou alívio para as famílias brasileiras, que enfrentaram nos últimos anos aumentos nos preços dos alimentos superiores à média da inflação.

Fatores como questões climáticas, conflitos externos, câmbio desvalorizado incentivando exportações e o impacto significativo da demanda externa nos preços internos das commodities geraram preocupações em 2023, constituindo desafios potenciais para o ano de 2024. Entre novembro e dezembro de 2023, o valor da cesta aumentou em 13 cidades, com destaque para Brasília - DF (4,67%), Porto Alegre - RS (3,70%), Campo Grande - MS (3,39%) e Goiânia - GO (3,20%). Por outro lado, diminuições foram registradas em Recife - PE (-2,35%), Natal - RN (-1,98%), Fortaleza - CE (-1,49%) e João Pessoa - PB (-1,10%). Em dezembro de 2023, o maior custo da cesta foi em Porto Alegre - RS (R$ 766,53), seguido por São Paulo - SP (R$ 761,01), Florianópolis - SC (R$ 758,50) e Rio de Janeiro - RJ (R$ 738,61). Já Aracaju - SE (R$ 517,26), Recife - PE (R$ 538,08) e João Pessoa - PB (R$ 542,30) apresentaram os menores valores médios. Com base na cesta mais cara, a de Porto Alegre (RS) em dezembro, o salário-mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas seria de R$ 6.439,62, representando 4,88 vezes o valor atual do salário-mínimo de R$ 1.320,00. Em novembro, o mínimo necessário era de R$ 6.294,71 ou 4,77 vezes o piso vigente.

Em dezembro de 2022, ficou em R$ 6.647,63 ou 5,48 vezes o piso então em vigor de R$ 1.212,00. A estimativa considera a determinação constitucional de que o salário-mínimo deve ser suficiente para cobrir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Em dezembro de 2023, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 109 horas e três minutos, considerando um trabalhador remunerado pelo salário-mínimo. Em novembro, a jornada necessária era de 107 horas e 29 minutos. Em dezembro de 2022, a média era de 122 horas e 32 minutos. Ao comparar o custo da cesta com o salário-mínimo líquido, descontando o valor referente à Previdência Social, o levantamento mostra que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em dezembro de 2023, 53,59% do rendimento para adquirir os mesmos produtos que, em novembro, demandaram 52,82%. Em dezembro de 2022, o comprometimento era de 60,22%. Fonte: Agência Brasil. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.