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13/Dec/2023

Comércio mundial do arroz deverá recuar em 2024

De acordo com as últimas estimativas da FAO, a produção mundial de arroz em 2023 deve aumentar 0,8%, para 790,4 milhões de toneladas (525 milhões de toneladas base beneficiado), contra 784,5 milhões de toneladas em 2022. No Paquistão, a produção aumentou 30%, retornando ao nível de 2021. Isto compensa parcialmente as reduções previstas na Índia e na Tailândia. Na China, espera-se que a produção permaneça estável em 2023. Nos Estados Unidos, após uma safra decepcionante em 2022, a produção retornou ao nível de 2021. Em contraste, a produção no Mercosul diminuiu novamente devido às más condições climáticas. O comércio mundial de arroz em 2023 deve cair 5,3%, para 53 milhões de toneladas, contra 56 milhões de toneladas anteriormente. A queda se deve principalmente à redução das importações chinesas, mas também ao aumento da produção em algumas regiões deficitárias principalmente na África.

Além disso, a decisão da Índia de proibir as exportações de arroz não-basmati (um quarto das exportações indianas e 11% das exportações mundiais) tende a agravar a queda do comércio mundial. De fato, o aumento dos preços mundiais causado pelas restrições indianas está forçando alguns países importadores a adiar e/ou reduzir sua demanda de importação. Entretanto, parte da redução das exportações indianas está sendo compensada pelas exportações da Tailândia e do Vietnã, que vêm crescendo expressivamente desde setembro do ano passado. As exportações mensais da Tailândia aumentaram 15% em relação ao ano anterior durante o mesmo período. As exportações indianas de arroz não-basmati caíram 50%. As primeiras projeções para 2024 indicam uma nova queda no comércio mundial para 52,2 milhões de toneladas.

Os estoques mundiais de arroz terminando em 2023 devem permanecer relativamente estáveis em 196,5 milhões de toneladas, contra 196,9 milhões de toneladas em 2022. Isto representa 38% das necessidades de consumo mundial, 3% acima da média dos últimos cinco anos. Em 2023, as reservas da China devem diminuir novamente para compensar a estagnação da produção e a redução das importações. Entretanto, os estoques chineses continuam altos, equivalentes a 70% do consumo doméstico anual e 50% dos estoques mundiais. Na Índia, há expectativa de aumento dos estoques de 4%, em grande parte devido às restrições das exportações. Os estoques dos principais países exportadores atingiriam 57,5 milhões de toneladas em 2023, equivalentes a 30% dos estoques mundiais. Em 2024, os estoques mundiais devem aumentar 1,6%. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.