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01/Dec/2023

Varejo: consumo nos lares supera as expectativas

Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o consumo dos lares brasileiros tem crescido de forma positiva e contínua. Houve um aumento bastante representativo, de 2,89%, em outubro de 2023 em relação a setembro. Isso fez com que o acumulado do ano até agora seja de alta de 2,64%, acima da expectativa da entidade, de 2,5%. Na comparação anual, de outubro de 2023 com outubro de 2022, a variação é menor, de 0,61%. O consumo vem escalando de forma contínua e positiva e, no acumulado de janeiro a outubro, está acima da projeção. A tendência é de crescimento um pouco mais acima, em novembro e dezembro. Outubro de 2022 teve uma base comparativa forte, de alta de 3,02% no consumo.

Alguns fatores que influenciaram a alta no consumo foram programas de transferência de renda do governo, como o Bolsa Família e o Auxílio Gás. Também contribuíram para o indicador os lotes residuais da restituição do imposto de renda e pagamentos a beneficiários do INSS, além da queda na taxa de desemprego. Os supermercadistas abriram 573 lojas de janeiro a novembro, sendo 306 novas lojas e 267 reinauguradas. Das novas lojas, 185 foram supermercados e 121 foram atacarejos. O Indicador Abrasmercado, cesta dos 35 produtos de largo consumo nos supermercados monitorado pela Abras teve queda de 5,08% em outubro deste ano, na comparação com o mês de 2022. No acumulado de 2023, o recuo é de 6,4%.

Na comparação mensal, de outubro com setembro de 2023, houve alta de 0,1%. Os produtos que tiveram as maiores quedas no mês foram o leite longa vida (-5,48%), feijão (-4,67%), sal (-3,78%), óleo de soja (-1,77%) e café torrado e moído (-1,23%). Já os que tiveram maior alta foram: batata (11,23%), cebola (8,46%), arroz (2,99%), açúcar refinado (1,88%) e cerveja (1,8%). A Região Sul do Brasil teve a maior queda, de 1,07%. A Região Sudeste registrou o maior crescimento, de 0,45%. O indicador mede a variação da cesta composta por 35 produtos de largo consumo: alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza.

Na pesquisa da Abras da cesta básica de 12 produtos essenciais (açúcar, arroz, café moído, carne, farinha de mandioca, farinha de trigo, feijão, leite longa vida, margarina, massa, óleo de soja e queijo), houve recuo de 1,01% na comparação mensal e de 7,35% no acumulado do ano. Outubro é o sexto mês consecutivo de queda, de 7,34% na comparação com o mesmo período do ano passado, saindo de R$ 319,57 para R$ 296,09. A Pesquisa de Natal de 2023 da Abras indica que 62% dos supermercadistas projetam um consumo superior para os festejos natalinos neste ano em relação a 2022. Essa expectativa de alta é para todos os formatos, seja supermercado, hipermercado, atacarejo ou e-commerce.

Os destaques de crescimento no consumo são para bebidas, sejam elas alcoólicas ou não, de 12%, e proteínas (aves natalinas, bacalhau, carnes bovinas, lombo, ovos, peixe, peru), que devem ter aumento de 10%. A cesta de Natal deve aumentar 8,9% na comparação com 2022, saindo de R$ 294,75 para R$ 321,12 a nível nacional. A maior variação deve ser na Região Sudeste (+12,2%) e, a menor, na Região Norte (+4,6%). Alguns itens da mesma marca terão variação significativa nos preços a depender de onde sejam vendidos. O panetone, por exemplo, deve ter variação de 50% entre o maior e menor valor. O azeite deve variar 94% e, o peru, 20%. Os motivos são o nível de estoque, oferta e estratégia de preços. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.