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17/Oct/2023

Bayer: sistema de semeadura direta nas Filipinas

A Bayer anunciou que seu sistema de semeadura direta de arroz deve chegar nas Filipinas a partir de 2024. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (16/10), no 6º Congresso Internacional de Arroz em Manila, onde a companhia destacou que a transição do cultivo tradicional para a semeadura direta pode reduzir o uso de água em até 40%, as emissões de gases de efeito estufa em até 45%, além de diminuir a dependência de um já escasso trabalho manual. Na Índia, onde o método começou a ser aplicado neste ano, a companhia espera que 1 milhão de hectares e cerca de 2 milhões pequenos agricultores sejam alcançados até 2030.

Segundo a Bayer, a expectativa é de que 75% da área total de cultivo de arroz da Índia migre para a semeadura direta até 2040, em comparação com os 11% atuais. A adesão deve ocorrer por meio do programa DirectAcres, que já está em andamento no país asiático e deve chegar a outros produtores de arroz na Ásia-Pacífico nos próximos anos, começando pelas Filipinas em 2024. A Bayer está construindo sistemas completos com base em práticas de agricultura regenerativa que criam valor tanto para os agricultores quanto para a natureza, e que ajudam a enfrentar o problema da segurança alimentar global.

A empresa explica que, tradicionalmente, o arroz é cultivado em mudas antes de ser transplantado para campos arados e alagados, onde permanece por meses com nível de água constante antes da colheita, quando o campo é drenado. Hoje, cerca de 80% da produção global utiliza o método de plantação por transplante. Com o sistema de semeadura direta no solo, a Bayer espera que o cultivo possa ser realizado por máquinas, já que não seria mais necessário acumular água parada. Sem o excesso de água, que também controla o avanço de ervas daninhas, a companhia pretende ainda desenvolver soluções de proteção de cultivos, como um herbicida de arroz. Terceira maior cultura do mundo, o arroz sustenta mais da metade da população global, de acordo com a Bayer.

Com a expectativa de que a população mundial chegue a 10 bilhões de pessoas até 2050, estima-se que a produção do grão precise aumentar em 25% no período. No entanto, o arroz contribui com as mudanças climáticas, com estimativa de que o cultivo é responsável por 1,5% das emissões totais de gases de efeito estufa globais, 12% das emissões de metano, além de consumir até 43% por cento da água total de irrigação no mundo. Cultivado por 150 milhões de agricultores, são necessários de 4 mil a 5 mil litros de água para produzir 1Kg de arroz pelo método de transplante. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.