29/Sep/2023

Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o Consumo nos Lares Brasileiros teve alta de 4,12% em agosto, frente ao mesmo período de 2022. A variação mensal, em relação a julho, foi de 0,8%. No acumulado do ano até agosto, a alta é de 2,58%. A projeção de crescimento do setor é de 2,5% para o ano de 2023. Essa é uma previsão conservadora e há viés de alta para os próximos meses. A Abrasmercado (cesta de 35 produtos largo consumo monitorados pela Abras) teve queda de 5,33% no preço em agosto, frente ao mesmo mês de 2022. A cesta ainda registrou queda de 1,71% na comparação com julho. No ano, a queda acumulada é de 4,89%.

Os preços, em média, recuaram de R$ 730,06 para R$ 717,55. O indicador mede a variação da cesta composta por 35 produtos de largo consumo: alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza. A perspectiva é de que o consumo no setor continue positivo, puxado pelas quedas consecutivas nos preços dos alimentos, bem como em virtude de programas de transferência de renda. Além disso, o fim do ano costuma ter consumo mais elevado devido a datas comemorativas e promocionais. Nos próximos meses, a associação pode vir a ajustar sua expectativa de crescimento para o ano. Apesar da queda de preços, há alta de volumes nas compras, com inclusão de itens que estavam ficando de fora dos carrinhos de compras.

Essa baixa de um lado traz aspecto financeiro e, do outro, há aumento de itens no carrinho do consumidor. Assim, não há problemas de queda de receita nas redes supermercadistas. Quanto ao aumento de despesas que foram reajustadas pela inflação e um possível descasamento devido à inflação alimentar mais baixa, esses reajustes já estavam planejados nos orçamentos dos empresários do setor. Um ponto de atenção é o possível impacto do que chamou de "mudanças repentinas no clima" sobre o preço de produtos específicos, mas ainda não há projeções específicas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.