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17/Aug/2023

Comércio mundial de arroz deverá recuar em 2024

De acordo com as últimas estimativas da FAO, a produção mundial de arroz em 2022 caiu 1,6%, para 779,4 milhões de toneladas (517,6 milhões de toneladas base beneficiado), contra 792,1 milhões de toneladas em 2021. As regiões do sul da Ásia foram afetadas por más condições climáticas, especialmente no Paquistão, onde as colheitas caíram 30%. Em 2023, as estimativas atuais apontam um aumento da produção global de 1,5% para 788,7 milhões de toneladas, apesar do retorno do fenômeno climático El Niño. A recuperação da produção no Paquistão e a estabilidade da produção na China devem compensar as reduções previstas na Índia e na Tailândia.

Nos Estados Unidos, a produção também deve se recuperar, voltando a ficar acima de seu nível de 2021. Em 2022, o comércio mundial de arroz aumentou 7,5%, atingindo um recorde de 56 milhões de toneladas, 11% da produção global. Em 2023, as expectativas são de diminuição de 5%, para 53 milhões de toneladas, em parte por causa do declínio na produção mundial em 2022 nas regiões excedentárias da Ásia. É provável que esta tendência seja agravada pela proibição da Índia de exportar arroz não-basmati, que representa um quarto das exportações indianas e 11% das exportações mundiais. Se essa proibição for prolongada, muitos países importadores, especialmente na África Subsaariana, provavelmente tenham que reduzir o consumo de arroz.

As projeções iniciais para o comércio mundial em 2024 apontam para uma queda adicional para 52,5 milhões de toneladas. No entanto, parte da redução das exportações da Índia será compensada pelas exportações da Tailândia e do Vietnã, onde os suprimentos exportáveis são satisfatórios. Os estoques mundiais de arroz terminando no final de 2022 aumentaram 1%, para 197 milhões de toneladas contra 195 milhões de toneladas em 2021. Isto representa 38% das necessidades de consumo global e permanecem acima da média dos últimos cinco anos. A queda de 2% nas reservas da China foi amplamente compensada pelo aumento das reservas indianas de 16% em 2022.

Entretanto, as reservas chinesas permanecem abundantes, equivalentes a 70% do consumo interno e 50% dos estoques mundiais. Nos principais países exportadores, os estoques aumentaram 17% em 2022 para 58 milhões de toneladas, 30% dos estoques mundiais. Em 2023, espera-se que os estoques mundiais diminuam 1%, para 195,1 milhões de toneladas, devido à possível queda na produção mundial em 2022/2023 e redução na demanda de importação após o recente aumento dos preços mundiais. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.