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14/Jul/2023

Preços globais do arroz deverão se manter firmes

Em junho, os preços mundiais do arroz estiveram estáveis em comparação com o mês anterior. Na Índia e na Tailândia, os preços permaneceram estáveis em junho, enquanto os preços subiram 2% no Vietnã. Em contraste, os preços do Paquistão caíram 9% em junho. No entanto, os preços mundiais tenderam a se fortalecer durante a segunda metade do mês passado, devido à forte demanda de importação, especialmente dos países do Sudeste Asiático que buscam repor seus estoques antecipando uma possível queda na produção em 2023/2024 devido ao fenômeno climático El Niño, pesando ainda mais sobre os preços mundiais nos próximos meses e no primeiro semestre de 2024.

Na Índia, os preços do arroz permaneceram relativamente estáveis em junho, com leve aumento de menos de 1%. No final de junho, os preços começaram a subir devido à oferta local mais restrita e às expressivas vendas externas, graças a custos de frete marítimo mais baixos. Por outro lado, as previsões para a safra Rabi não são otimistas devido às condições climáticas. As indústrias estão procurando estocar suprimentos, antecipando novos aumentos de preços nos próximos meses. Em junho, o arroz indiano 5% esteve cotado a US$ 460,00 por tonelada FOB, contra US$ 458,00 por tonelada em maio. O arroz 25% subiu para US$ 448,00 por tonelada contra US$ 434,00 por tonelada em maio. No início de julho, os preços permanecem firmes.

Na Tailândia, os preços subiram levemente em julho, mas apresentando tendências altistas no final do mês, após condições climáticas irregulares. A demanda da Ásia está ativa, especialmente na Indonésia e na Malásia. Portanto, os exportadores acreditam em um aumento significativo nas vendas externas durante o segundo semestre do ano. Nos primeiros seis meses do ano, as exportações tailandesas totalizaram 4,2 milhões de toneladas, alta de 20% em relação a 2022. Em 2023, as exportações da Tailândia podem atingir 8,5 milhões de toneladas. O preço do arroz Thai 100%B subiu para US$ 513,00 por tonelada em junho contra US$ 508,00 por tonelada em maio. Em contraste, o arroz parboilizado diminuiu para US$ 501,00 por tonelada contra US$ 504,00 por tonelada. O arroz quebrado A1 Super esteve cotado a US$ 434,00 por tonelada contra US$ 432,00 por tonelada em maio. No início de julho, os preços permanecem firmes.

No Vietnã, os preços de exportação aumentaram em média 2% em junho, estimulados pela demanda da China e das Filipinas. No primeiro semestre do ano, as exportações do Vietnã atingiram cerca de 4,3 milhões de toneladas, 23% acima do ano passado. O Viet 5% foi negociado a US$ 504,00 por tonelada em junho, contra US$ 494,00 por tonelada em maio. O Viet 25% esteve cotado a US$ 484,00 por tonelada, contra US$ 477,00 por tonelada em maio. No início de julho, os preços permanecem firmes.

No Paquistão, os preços do arroz estiveram sujeitos a uma forte volatilidade em junho. Após um aumento de 8% em maio, os preços caíram 9% em junho. A demanda de importação está fraca em decorrência dos altos preços. Por outro lado, as perspectivas das colheitas, que começaram em agosto, parecem mais favoráveis após a queda acentuada de 30% em 2022. Porém, as exportações registram atualmente um atraso de 30% e podem cair para 3,5 milhões de toneladas, contra 4,5 milhões de toneladas em 2022. Em junho, o Pak 25% esteve cotado a US$ 458,00 por tonelada, contra US$ 502,00 por tonelada em maio. No início de julho, os preços se mantêm estáveis.

Nos Estados Unidos, os preços do arroz permaneceram estáveis em junho. As exportações atingiram cerca de 247.000 toneladas no mês passado, contra 175.000 toneladas em maio, com aumento de 4% em relação ao ano passado na mesma época. O Haiti é o principal mercado, com 20% das vendas dos Estados Unidos, seguido pelo México (15%) e pela Colômbia (12%). O preço indicativo do arroz Long Grain 2/4 permaneceu inalterado em junho a US$ 729,00 por tonelada. No início de julho, os preços estão pressionados. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.