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29/Jun/2023

Plano Safra Agricultura Familiar e a redução no juro

A Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) considera importante a redução de 5% para 4% das taxas de juros do Plano Safra da Agricultura Familiar para custeio de culturas como arroz, feijão, leite e ovos e a destinação de R$ 1,9 bilhão para o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (ProagroMais), mas diz que não necessariamente devem levar a um aumento da área plantada e da oferta de alimentos. É preciso identificar se o pequeno produtor é quem está, de fato, responsável pela maior parte da produção desses produtos no País.

Se não forem áreas com representatividade da agricultura familiar, o aumento da produção de alimentos pode não acontecer. Há um incentivo por parte do governo para retomada do plantio de arroz e feijão, mas o hábito alimentar da população mudou muito e que isso influi nas lavouras. É preciso verificar onde se produz essas culturas e se o pequeno produtor está responsável pela maioria da produção desse produto específico. Se estiver acontecendo isso essas duas medidas do Plano Safra vão aumentar a produção de alimentos, mas se não forem áreas com representatividade da agricultura familiar, isso pode não acontecer.

O Plano Safra da Agricultura Familiar 2023/2024 oferecerá R$ 71,6 bilhões em crédito pelo Pronaf (programa federal focado na agricultura familiar) na safra 2023/2024, volume 34% maior do que o anunciado na safra passada. Dentro do Programa, a linha Pronaf Mais Alimentos terá redução de taxa de juros de 6% para 5% ao ano. É importante ressaltar que o volume de recursos do Pronaf aumentou consideravelmente e que a redução das taxas de juros em patamares possíveis foi altamente positiva. A redução da taxa é fundamental. Ao consolidar os resultados do Plano Safra, o programa se mostrou bom e bem estruturado. É um gesto de aproximação do governo federal com toda a classe produtora do Brasil.

No Rio Grande do Sul, 85% das cooperativas do são formadas por pequenos produtores. A partir da divulgação dos resultados, a expectativa da FecoAgro é retomar conversa com Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e com o Ministério da Agricultura para definição de uma política pública especial para safras do Rio Grande do Sul de 2022 e 2023. O setor aguarda a definição de um programa para auxiliar os agricultores do Estado a superar as perdas das duas últimas safras. Ficou uma dívida que deverá ficar fora do Plano Safra. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.