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15/Jun/2023

Supermercados sustentando as vendas do varejo

O aumento de 3,2% no volume vendido pelos supermercados em abril ante março foi fundamental para que o varejo escapasse do vermelho no período. As vendas do comércio varejista tiveram apenas leve alta de 0,1% em abril, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho dos supermercados ajuda a manter esse resultado do varejo na leitura de estabilidade. Com o desempenho de abril, o comércio varejista brasileiro completou quatro meses seguidos sem perdas: 3,8% em janeiro, 0,0% em fevereiro, 0,8% em março e 0,1% em abril. O volume vendido se encontra 4,7% acima do nível de dezembro de 2022. A queda nas concessões de crédito para pessoa física, a redução na massa de salários em circulação na economia e a diminuição da população ocupada ajudam a explicar o menor dinamismo no varejo em abril.

Esses são indicadores que demonstram perda de fôlego. Por outro lado, a inflação vem perdendo ímpeto e pressionando menos o desempenho do varejo. Na passagem de março para abril, apenas três das oito atividades pesquisadas registraram avanços: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,3%), Livros, jornais, revistas e papelaria (1,0%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,2%). O setor de supermercados tem o maior peso na Pesquisa Mensal de Comércio, com participação de 57,0%. O avanço em abril foi impulsionado pela inflação mais baixa e pelas compras para a Páscoa. Os supermercados, pelo fato de concentrarem bens mais essenciais, se descolam do restante do varejo.

Na direção oposta, as quedas ocorreram em Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-7,2%), Tecidos, vestuário e calçados (-3,7%), Combustíveis e lubrificantes (-1,9%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,4%) e Móveis e eletrodomésticos (-0,5%). O juro alto e a menor concessão de crédito afetam as vendas de bens de maior valor agregado. No comércio varejista ampliado, que agora inclui as atividades de veículos, material de construção e atacado alimentício, houve retração de 1,6% em abril ante março. O segmento de Veículos, motos, partes e peças registrou queda de 5,9%, enquanto Material de construção caiu 0,8%. Não há divulgação de dados individuais para o atacado de produtos alimentícios na série com ajuste sazonal. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.