19/Set/2022

De acordo com as últimas estimativas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura é uma das agências das Nações Unidas (FAO), a produção mundial de arroz em 2021 aumentou 1,7% para 791,4 milhões de toneladas (525,5 milhões de toneladas base beneficiado), contra 778,6 milhões de toneladas em 2020. Na Ásia, a produção avançou 2%, graças principalmente ao aumento de 4% na Índia onde foi alcançado um volume recorde de 192 milhões de toneladas (127,4 milhões de toneladas base beneficiado). Na China, a produção também aumentou, mas apenas 0,4%. Na Tailândia, as colheitas aumentaram significativamente em 10%. Em contraste, a produção nos Estados Unidos caiu 15% em 2021, após a redução da área de arroz, e voltando a cair novamente 5% em 2022. No Mercosul, após o aumento em 2021, a produção caiu 8% em 2022, retornando ao seu nível de 2020.

Na África Subsaariana, a produção de arroz foi novamente afetada pelas más condições climáticas, especialmente na África Ocidental. Em 2022, as previsões de produção mundial foram reduzidas devido às más condições climáticas no sul da Ásia, especialmente na Índia e em Bangladesh. A produção mundial pode cair 2,1% para 774,8 milhões de toneladas (515,5 milhões de toneladas beneficiado). Também é esperado um declínio da produção na China e no Paquistão. Em 2021, o comércio mundial do arroz aumentou expressivamente em 13%, para 51,5 milhões de toneladas contra 45,6 milhões de toneladas em 2020. Este é o maior aumento desde 2017. As necessidades de importação aumentaram 10% no sul da Ásia, especialmente com o retorno de Bangladesh ao mercado de importação. Na China, as compras externas aumentaram em 42%.

A África Subsaariana, também houve um forte crescimento das importações, especialmente na Nigéria com a reabertura de suas fronteiras terrestres no final de 2020. Em 2021, a Índia atingiu um nível recorde de exportações com 21,4 milhões de toneladas, 48% maior ao seu recorde anterior em 2020 e respondendo por 42% do comércio mundial. A Tailândia ficou novamente em terceiro lugar, atrás do Vietnã, apesar de um aumento significativo nas vendas externas durante o segundo semestre de 2021. Em 2022, as previsões indicam um novo aumento no comércio mundial de 5,7% para 54,4 milhões de toneladas. A Índia, apesar dos anúncios de redução das exportações durante o último trimestre do ano, manterá sua liderança mundial com uma previsão de 20 milhões de toneladas em 2022, enquanto a Tailândia poderá recuperar o segundo lugar com 7,5 milhões de toneladas, contra 6,5 milhões de toneladas no Vietnã. Os estoques mundiais de arroz no final de 2021 aumentaram 3,1%, para 192,2 milhões de toneladas, contra 186,4 milhões de toneladas em 2020.

Isto representa 38% das necessidades globais e está acima da média dos últimos cinco anos. Este aumento deve-se principalmente ao aumento dos estoques indianos graças às boas colheitas em 2021. Por outro lado, os estoques da China tiveram queda de 0,5%, e caíram novamente em 2022. No entanto, as reservas chinesas permanecem expressivas, equivalentes a 70% do consumo anual e 50% dos estoques mundiais. Nos principais países exportadores, os estoques aumentaram 5% em 2020/2021 para 55 milhões de toneladas, equivalentes a 30% dos estoques mundiais. Em 2022, espera-se que os estoques mundiais aumentem em 2,3%, para 196,7 milhões de toneladas. Em contraste, os estoques mundiais podem cair 3% em 2023, devido à redução prevista na produção mundial em 2022/2023. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.