06/Set/2022

Pequenos atacarejos estão abrindo as portas em áreas não tradicionais para o modelo de negócio. Se no passado os endereços de redes como Assaí, Atacadão, Roldão e Makro estavam em áreas mais afastadas, agora começam a se instalar mais perto da casa dos clientes, em regiões de maior densidade populacional e em bairros de diferentes poderes aquisitivos. Para a Associação Brasileira dos Atacadistas e Distribuidores (Abad), com a consolidação de empresas como Assaí e Atacadão, negócios de menor porte tentam "surfar a onda" de popularidade do modelo, impulsionada pela alta da inflação nos últimos anos. Os pequenos devem ganhar mercado principalmente nas regiões menores, onde as redes não têm atratividade para investir em novas lojas.

De acordo a Abad, de seus 2,5 mil associados no País, cerca de 400 negócios operam autosserviços. Apesar de o modelo de negócio ter nascido com a função de atender os "transformadores", que vão revender posteriormente as mercadorias, ao longo dos últimos anos, dada a possibilidade de economizar, o autosserviço tem atraído o consumidor final. Essa preferência aparece em dados da NielsenIQ. O levantamento aponta que, em 2022, o modelo atingiu 67% dos lares dos brasileiros, tendo crescido 5% desde 2019, no pré-pandemia.

Nesse mesmo período, a utilização do serviço de hipermercados caiu 4%, chegando a 42%. Em 2015, quando o levantamento começou a compilar dados do setor, a disseminação do autosserviço no Brasil era de 47%. Nos últimos sete anos, portanto, o modelo cresceu 20%; enquanto isso, os hipermercados ficaram estacionados em 42%. Na avaliação da Mixxer Desenvolvimento Empresarial, novas marcas de atacarejo estão captando o público antes fiel aos supermercados. Agora, as pessoas estão dispostas a abrir mão da experiência de compras pela economia no preço final. Esse é um movimento que já vem acontecendo há algum tempo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.