12/Ago/2022

Em julho, os preços mundiais do arroz diminuíram em média 2%, devido à forte contração das cotações da Tailândia e do Paquistão, de 5% a 7% em relação a junho. A demanda de importação tende a mitigar-se, especialmente na África onde os importadores procuram arroz barato. No Vietnã, os preços caíram apenas 1% sob um mercado externo bastante dinâmico. Por outro lado, os preços indianos se recuperaram em 1% em função de uma forte demanda externa. Além disso, há preocupações com as disponibilidades futuras da Índia devido às condições climáticas extremas.

No entanto, os preços indianos continuam sendo os mais competitivos do mercado. No Hemisfério Ocidental, os preços mostram tendências mistas. Na Argentina e no Uruguai, os preços de exportação permanecem firmes, estimulados pela demanda regional de importação. Em contraste, os preços do Brasil recuaram devido à queda do Real em relação ao dólar. Nos Estados Unidos, os preços também estivam em queda. No início de agosto, os mercados da Ásia apontam contrastes. Os preços da Tailândia e da Índia tendem a se recuperar, enquanto no Paquistão, os preços começaram a cair devido à chegada da nova safra.

Na Índia, os preços do arroz subiram 1% em julho, incentivados pela demanda asiática e africana. Além disso, o clima seco e quente pode afetar as colheitas e reduzir a oferta nos próximos meses. No entanto, os aumentos de preços têm sido moderados e tendem a estabilizar-se. Nos primeiros sete meses do ano, as exportações indianas atingiram 13,5 milhões de toneladas, um avanço de 5% em relação a 2021 na mesma época. A China tornou-se o principal cliente, respondendo por quase 20% das exportações indianas de arroz não aromático. Em julho, o arroz indiano 5% esteve cotado a US$ 345,00 por tonelada FOB contra US$ 341,00 por tonelada em junho. O indiano 25%, subiu para US$ 330,00 por tonelada, contra US$ 326,00 por tonelada. Neste mês de agosto, os preços seguem estáveis.

Na Tailândia, os preços caíram em média de 5%, influenciados pela chegada da 2ª safra ao mercado e pela fraqueza do bath em relação ao dólar. Os preços estão no nível mais baixo desde o início do ano, o que tende a estimular as vendas externas. Em julho, as exportações atingiram 760.000 toneladas, equivalente ao volume do mês anterior, 65% adiantadas em relação a 2021 na mesma época. Os exportadores estão otimistas e esperam alcançar um volume global de 7,5 milhões de toneladas em 2022, recuperando o segundo lugar no mundo à frente do Vietnã. O preço do arroz Thai 100%B atingiu US$ 418,00 por tonelada em julho contra US$ 439,00 por tonelada em junho. O arroz parboilizado caiu para US$ 420,00 por tonelada contra US$ 436,00 por tonelada em junho. O quebrado A1 Super caiu significativamente 7%, para US$ 383,00 por tonelada contra US$ 410,00 por tonelada. Neste mês de agosto, os preços permanecem firmes, apoiados pelo aumento da demanda de importação do Oriente Médio.

No Vietnã, os preços de exportação caíram 1% em julho e seguem recuando neste início de agosto para recuperar a competitividade em relação à Tailândia. Em julho, as exportações atingiram 720.000 toneladas contra 703.000 toneladas anteriormente, avanço de 12% nos primeiros sete meses do ano, para 4,2 milhões de toneladas. As Filipinas continuam sendo o principal cliente, respondendo por 50% das exportações vietnamitas. A Ásia responde por 75% das exportações do Vietnã, seguida pela África, com 20% das vendas externas. O Viet 5% foi negociado a US$ 419,00 por tonelada em julho contra US$ 423,00 por tonelada em junho. O Viet 25% esteve cotado a US$ 403,00 por tonelada contra US$ 405,00 por tonelada em junho.

No Paquistão, os preços do arroz caíram 7% em julho devido à chegada da nova safra. A instabilidade política e a volatilidade dos mercados monetários estão tornando os exportadores mais cautelosos. Em julho, as exportações atingiram 375.000 toneladas contra 403.000 toneladas em junho, mas ainda permanecem 50% à frente de 2021 na mesma época. Em julho, o Pak 25% caiu para U$$ 364,00 por tonelada contra US$ 390,00 por tonelada em junho. Neste mês de agosto, o preço continua recuando.

Nos Estados Unidos, os preços do arroz tiveram leve queda em julho em um mercado pouco ativo por causa da forte concorrência dos fornecedores do Mercosul em seus mercados tradicionais da América Central. A nova oferta, que começará a chegar nas próximas semanas, será menor por causa de um declínio adicional na produção em 2022. Em julho, as exportações atingiram 155.000 toneladas contra 242.000 toneladas em junho, 18% a menos em relação a 2021 na mesma época. O preço indicativo do arroz Long Grain 2/4 caiu para US$ 674,00 por tonelada contra US$ 676,00 por tonelada em junho. Neste mês de agosto, o preço está mais firme, em torno de US$ 680,00 por tonelada. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.