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26/Jul/2022

Área de arroz terá uma forte queda em 2022/2023

O Rio Grande do Sul, maior produtor de arroz do Brasil, responsável por 70% do total, deve plantar a menor safra do grão dos últimos 11 anos. De acordo com dados do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), na safra 2021/2022, foram plantados 957.185 hectares de arroz, a menor área em 11 anos. A produção de arroz atingiu 7,708 milhões de toneladas de arroz, com produtividade média de 8.053 Kg por hectare. No Rio Grande do Sul, a cultura da soja em rotação com arroz irrigado registrou crescimento novamente. Nesta safra 2021/2022, foram colhidos 417.376 hectares. O aumento foi de 12,6% na comparação com a área de soja da safra anterior (370.594 hectares).

A produção total de soja em áreas de arroz no Estado foi de 1.120.540 toneladas. A soja já representa 43,6% da área semeada com arroz no Rio Grande do Sul (957.185 hectares). Nos últimos dez anos, o crescimento da área foi de 94%. Em relação à produtividade, foram registradas nesta safra 44,7 sacas de 60 Kg de soja por hectare, um decrescimento de 14,5% na comparação com a safra 2020/2021 (52,3 sacas de 60 Kg de soja por hectare). A semeadura da soja em rotação com o arroz deverá chegar a 500 mil hectares. Os custos estão altos e a rentabilidade é baixa em relação à soja. O custo de implantação por hectare de soja é a metade do valor do hectare de implantação do arroz.

A entrada da soja no sistema permite ao produtor alocar custos, baixando custos de produção. A soja ajuda na fertilidade do solo e isso faz diminuir a incidência de invasoras resistentes, diminuindo o custo e aumenta a produtividade do arroz no ano seguinte. Esse sistema chegou para ficar no Estado. Os primeiros indicativos apontam para uma área plantada de arroz no Rio Grande do Sul na próxima safra 2022/2023 de 880.000 hectares, um recuo de 8% ante a área plantada na safra 2021/2022, com produção estimada em 7,5 milhões de toneladas e produtividade média de 8.500 Kg/hectare. Com a confirmação de um 3º La Niña consecutivo, as áreas perdidas não deverão voltar a ser semeadas se não houver garantia de abastecimento hídrico para as lavouras irrigadas. Fontes: Canal Rural e Cogo Inteligência em Agronegócio.