14/Jun/2022

A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) demandou uma redução temporária no imposto de importação de materiais de embalagens e insumos, como o óleo de palma, para minimizar o impacto da alta dos custos de produção no preço dos alimentos. A associação disse que não comenta aspectos específicos de precificação da indústria e descontos, mas afirmou que seria urgente a adoção de medidas governamentais para ampliar a disponibilidade de matérias-primas essenciais à produção de alimentos.

Os preços das commodities agrícolas continuam em alta, sendo uma questão de grande preocupação. Após atingir em 2022 seu maior patamar histórico, o índice de preços da FAO-ONU apresentou acomodação em abril, com queda de 0,8%, mas ainda num patamar 29,8% mais alto em relação à posição de abril de 2021. A guerra entre Rússia e Ucrânia contribui, devido à importância dos países envolvidos na produção e exportação de trigo, milho, petróleo e derivados, por exemplo, com impactos diretos nos preços internacionais de energia, materiais para embalagens, transportes e insumos para fertilizantes.

Mesmo frente a este cenário desafiador, o Brasil tem uma indústria sólida e poderia operar em condições mais favoráveis se houvesse redução de impostos na cadeia como um todo: insumos (óleo de palma, glúten de trigo, materiais para embalagem, energia elétrica, combustíveis); investimentos na infraestrutura de transportes; além da redução da carga tributária sobre alimentos, que é uma das mais altas do mundo.

Esses são alguns fatores que podem contribuir para uma produção mais eficiente, com maior geração de empregos e arrecadação de impostos, reduzindo a pressão sobre os custos da produção e que podem refletir no preço final dos alimentos. A alta nos alimentos não é um problema apenas no Brasil. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.