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14/Abr/2022

Comércio mundial de arroz deve avançar em 2022

Segundo estimativas da FAO, a produção mundial do arroz em 2021 aumentou 0,7% para 783,6 milhões de toneladas (520,3 milhões de toneladas base beneficiado) contra 778,6 milhões de toneladas em 2020. Na Ásia, a produção aumentou graças a uma safra recorde na Índia. A produção também avançou na China, Tailândia e Vietnã. Em contraste, nos Estados Unidos, a produção caiu 10% em 2021 como resultado da redução das áreas plantadas, substituída por culturas mais lucrativas (milho e soja). No Mercosul, a produção no Brasil teve alta de 4,5%, mas pode recuar 12% em 2022. Na África Subsaariana, a produção de arroz foi novamente afetada pelas más condições climáticas, especialmente na África Ocidental. Em Madagascar, estima-se que a produção tenha diminuído 3,5% em 2021.

Em 2021, o comércio mundial do arroz aumentou significativamente em 13% para 51,4 milhões de toneladas contra 45,6 milhões de toneladas em 2020. Este é o maior aumento desde 2017. As necessidades de importação aumentaram 10% no sul da Ásia, especialmente em Bangladesh. As importações chinesas também aumentaram, bem como na África Subsaariana onde se observou uma forte recuperação das importações, especialmente na Nigéria, com a reabertura de suas fronteiras terrestres no final de 2020, na Costa do Marfim e no Senegal. Em 2021, a Índia bateu todos os recordes de exportação, a 21,4 milhões de toneladas, com alta de 48% ante seu recorde anterior em 2020, e respondendo por 42% do comércio mundial.

A Tailândia, apesar de um forte aumento nas vendas externas no segundo semestre do ano, permanece na terceira posição atrás do Vietnã, cujas vendas aumentaram em 5,5% em 2021. Em 2022, as primeiras projeções indicam um aumento adicional no comércio mundial, mas de apenas 3,8% para 53,4 milhões de toneladas. Os estoques mundiais de arroz no final de 2021 aumentaram 2,1% para 190,4 milhões de toneladas contra 186,4 milhões de toneladas em 2020, representando 37% das necessidades mundiais e acima da média dos últimos cinco anos. Este aumento deve-se principalmente ao incremento dos estoques da Índia graças às boas safras em 2021.

Por outro lado, os estoques da China tiveram queda de 0,5%, mas ainda são significativos, equivalentes a 70% do consumo anual e 55% dos estoques mundiais. Os estoques nos principais países exportadores aumentaram novamente em 2020/2021 em 5% para 52,5 milhões de toneladas, equivalentes a 28% dos estoques mundiais. Em 2022, os estoques podem avançar 1,2%, para 192,7 milhões de toneladas. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.