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17/Mar/2022

RS: colheita da safra de arroz atinge 24,6% da área

Os primeiros dados sobre a evolução da colheita do arroz da safra 2021/2022 mostram que foram colhidos até o momento 235.330 hectares, o que representa 24,59% da área total semeada no Estado (957.185 hectares). A colheita do arroz no Rio Grande do Sul começou no final de janeiro.

A região da Fronteira Oeste encontra-se com 44,11% da área colhida. Algumas áreas foram atingidas por granizo e vento na última semana, ocasionando perdas diretas na produtividade. Do total semeado, os valores estimados de áreas perdidas por falta de água estão até o momento em 32.500 hectares. Em termos percentuais, o município de Maçambará é o mais atingido, porém as outras cidades da região e Alegrete possuem a maior perda real em hectares. Outro fator observado até o momento é o menor rendimento de grão inteiro e maior percentual de impureza das cargas, quando comparado com a safra passada.

A Planície Costeira Externa tem quase 30% da área colhida. As lavouras que não passaram por maiores problemas climáticos apresentam bons patamares de produtividade. As lavouras da região de Mostardas até São José do Norte, que foram afetadas pela salinidade, estão iniciando a colheita. As condições estão sendo avaliadas, mas as perdas são evidentes. Na região de Morrinhos do Sul, uma lavoura de 55 hectares foi atingida por granizo, com danos leves. As lavouras de soja continuam sendo afetadas pela falta de chuvas regulares.

A Região da Campanha está com 19,34% da área colhida, 67% da área em fase de maturação e os 13% restantes ainda na fase reprodutiva. Os resultados de colheita, de maneira geral, indicam qualidade de grãos inferiores aos normais de cada cultivar. Em Dom Pedrito e Rosário do Sul, as chuvas de granizo atingiram de maneira severa em torno de 900 hectares de lavouras de arroz. Os valores serão mensurados durante a fase de amostragem no início da colheita dessas áreas. Os municípios da região da Campanha contabilizam 2.300 hectares de lavoura de arroz perdidos devido ao prolongado período de estiagem. Onde a estiagem causou maiores prejuízos foi em Cacequi, Santana do Livramento e São Gabriel.

A Região Central está com 17,21% da sua área de arroz colhida, 42,8% em maturação e 40% ainda no estádio reprodutivo. As lavouras colhidas até o momento têm apresentado produtividades de acordo com a média dos últimos anos e um pouco inferiores à da última safra, que teve resultados excepcionalmente positivos. Ressalta-se, porém, que as áreas colhidas até o momento, em sua grande maioria, não tiveram problemas de deficiência hídrica. Ainda estão por colher áreas que foram severamente afetadas pela estiagem. Cerca de 3.850 hectares foram perdidos. Destacam-se as perdas dos municípios de Cachoeira do Sul, São Sepé, Candelária, Agudo e Restinga Seca, porém, havendo áreas perdidas ou atingidas pela estiagem em todas as cidades da região. Quanto ao rendimento de grãos inteiros, este está abaixo do que foi obtido nas últimas safras e em relação ao que é esperado das cultivares, apesar já de ter apresentado uma melhora com o avanço da colheita.

Na região da Planície Costeira Interna, quase 11% das lavouras de arroz já foram colhidas, sendo que 14,5% encontram-se no estádio reprodutivo e 75,5% em maturação. O clima está favorável para a colheita, embora em partes da região, mais especificamente no entorno de Tapes, os aguaceiros constantes estão prejudicando o bom andamento. As lavouras colhidas até o momento estão com a produtividade dentro da normalidade, ou seja, na média das últimas safras. A preocupação é com a qualidade dos grãos, que poderão ter sido afetados pelas altas temperaturas registradas em janeiro.

Na Zona Sul, cerca de 10% da área encontra-se colhida e 40% pronta para ser colhida. A produtividade segue, até então, a média do ano passado. Aproximadamente 80% já encerrou a irrigação, sendo suficiente a água disponível para concluir a irrigação do restante da área. O sinistro provocado por granizo atingiu mais de 1.000 hectares em Santa Vitória do Palmar, causando graves prejuízos na cultura do arroz e na soja. Não ocorreram prejuízos relacionados à salinidade da Lagoa dos Patos. Ainda não foi possível mensurar as perdas causadas pelo excesso de calor. Fonte: Irga. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.