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16/Mar/2022

Comércio global de arroz deverá crescer em 2022

Segundo estimativas da FAO, a produção mundial do arroz em 2021 aumentou 0,7% para 782 milhões de toneladas (519,3 milhões de toneladas base beneficiado) contra 776,7 milhões de toneladas em 2020. A produção da Ásia aumentou graças a uma safra recorde na Índia. A produção avançou também na China, Tailândia e Vietnã. Nos Estados Unidos, a produção teve queda de 10% em 2021, devido à redução das áreas plantadas, que foram substituídas por culturas mais lucrativas (milho, soja). No Mercosul, a produção no Brasil teve alta de 4,5% em relação a 2020. Entretanto, deve cair 12% em 2022. Na África Subsaariana, a produção de arroz voltou a sofrer com as más condições climáticas, especialmente na África Ocidental. Em Madagascar, estima-se que a produção também tenha diminuído 3,5% em 2021.

Em 2021, o comércio mundial do arroz aumentou significativos 13%, para 51,5 milhões de toneladas contra 45,6 milhões de toneladas em 2020. Este é o maior aumento desde 2017. As necessidades de importação aumentaram 10% no sul da Ásia, especialmente em Bangladesh. As importações chinesas também aumentaram, bem como na África Subsaariana, onde se observou um forte crescimento, especialmente na Nigéria com a reabertura de suas fronteiras terrestres no final de 2020. A Índia bateu todos os recordes de exportação, a 21,4 milhões de toneladas, uma alta de 48% sobre seu recorde anterior (em 2020) e respondendo por 42% do comércio mundial. A Tailândia, apesar de um forte aumento nas vendas externas durante o segundo trimestre do ano, permanece na terceira posição atrás do Vietnã, cujas vendas aumentaram em 5,5% em 2021. Em 2022, as primeiras projeções indicam um aumento adicional no comércio mundial, mas de apenas 3,8% para 53,4 milhões de toneladas.

Os estoques mundiais de arroz no final de 2021 aumentaram 1,5% para 189,3 milhões de toneladas contra 186,4 milhões de toneladas em 2020, representando 37% das necessidades mundiais, e 2% superiores em relação à média dos últimos cinco anos. Este aumento deve-se principalmente ao incremento dos estoques da Índia, que teve uma boa safra em 2021. Por outro lado, os estoques chineses tiveram queda de 0,5%, mas ainda são significativos, equivalentes a 70% do consumo anual e 55% dos estoques mundiais. Os estoques nos principais países exportadores aumentaram em 2020/2021 em 5%, para 52,5 milhões de toneladas, o equivalente a 28% dos estoques mundiais. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.