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14/Fev/2022

Comércio mundial de arroz deverá crescer em 2022

Segundo estimativas da FAO, a produção mundial do arroz em 2021 aumentou 0,7% para 779 milhões de toneladas (517 milhões de toneladas base beneficiado) contra 773,7 milhões de toneladas em 2020. Na Ásia, a produção aumentou graças a uma safra recorde na Índia. A produção avançou também na China, Tailândia e Vietnã. Nos Estados Unidos, a produção caiu 10% em 2021, devido a uma redução das áreas plantadas substituídas por culturas mais lucrativas (milho, soja). No Mercosul, a produção no Brasil avançou 4,5% em relação a 2020. Entretanto, pode recuar 1,5% em 2022. Na África Subsaariana, a produção de arroz voltou a sofrer com as condições climáticas desfavoráveis, especialmente na África Ocidental. Em Madagascar, produção teve baixa de 3,5% em 2021.

Em 2021, o comércio mundial do arroz aumentou significativamente em 12,5% para 51,2 milhões de toneladas contra 45,6 milhões de toneladas em 2020. Este é o maior aumento desde 2017. As necessidades de importação aumentaram 10% no sul da Ásia, especialmente em Bangladesh. As importações da China também aumentaram, bem como na África Subsaariana, onde se observou um forte crescimento, especialmente na Nigéria com a reabertura de suas fronteiras terrestres no final de 2020. A Índia bateu todos os recordes de exportação (21,4 milhões de toneladas), alta de 48% frente ao recorde anterior (em 2020) e respondendo por 42% do comércio mundial. A Tailândia, apesar de um forte aumento nas vendas externas durante o segundo trimestre do ano, permanece na terceira posição atrás do Vietnã, cujas vendas aumentaram em 5,5% em 2021. Em 2022, as primeiras projeções indicam um aumento adicional no comércio mundial, de 3,6% para 53,1 milhões de toneladas.

Os estoques mundiais de arroz no final de 2021 aumentaram apenas 0,4% em 2021 para 187,4 milhões de toneladas contra 186,7 milhões de toneladas em 2020, representando 36% das necessidades mundiais, ficando dentro da média dos últimos cinco anos. Isto se deve principalmente ao aumento dos estoques da Índia, beneficiada por boas colheitas em 2021. Por outro lado, os estoques da China tiveram queda de 0,5%, mas ainda são significativos, equivalentes a 70% do consumo anual e a 55% dos estoques mundiais. Os estoques nos principais países exportadores aumentaram novamente em 2020/2021 em 5% para 52 milhões de toneladas, o equivalente a 28% dos estoques mundiais. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.