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17/Jan/2022

RS: estiagem poderá afetar a produção de arroz

A Camil Alimentos avalia que a safra de arroz do Rio Grande do Sul deve ser 3% menor que a projeção inicial, em virtude das perdas pela seca que afeta as lavouras do Estado, principal produtor nacional do cereal. O impacto ocorre principalmente na fronteira oeste do Rio Grande do Sul pela falta de água. Não é um impacto significativo, mas vai depender do clima nas próximas semanas até o início da colheita. Se as condições atuais se mantiverem, não aumentando a intensidade da seca, as perdas tendem a ser de até 3%.

Há uma expectativa de que chuvas previstas para os próximos dias possam estabilizar a situação da cultura. Caso não ocorram, o quadro pode piorar. A perspectiva é também de pequeno aumento na oferta do Uruguai, a depender do clima. Quanto aos preços do arroz, os valores vistos na safra 2021, que será colhida em fevereiro, estão rodando abaixo da estimativa inicial de preço médio de R$ 80,00 por saco de 50 Kg vistos na temporada anterior.

Hoje, mercado opera entre R$ 60,00 e R$ 65,00 por saco de 50 Kg e deve encerrar a safra com valor médio de R$ 72,00 a R$ 73,00 por saco de 50 Kg. Para a safra 2022, a previsão é de preço médio do arroz em R$ 65,00 por saco de 50 Kg, mas ainda está sujeita ao câmbio e às exportações. A rentabilidade do produto está menor na comparação histórica do período em virtude da redução de compras pelo varejo que esperam recuo no preço do grão pela entrada da nova safra.

Mas, a rentabilidade do segmento de grãos deve retornar aos patamares históricos. Para o ano que vem, deve haver menor volatilidade dos preços, fazendo com que player do setor se recupere e opere com margens normais. O arroz representa cerca de 37% do volume de vendas da Camil. No terceiro trimestre fiscal de 2021, a companhia vendeu 194,9 mil toneladas de arroz, alta anual de 19,9%. O preço líquido do produto recuou 20,4% na mesma base comparativa, para R$ 3,21 por Kg. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.