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17/Jan/2022

Comércio global de arroz deverá crescer em 2022

Segundo estimativas da FAO, a produção mundial do arroz em 2021 aumentou 1% para 780,7 milhões de toneladas (518,4 milhões de toneladas base beneficiado) contra 773,7 milhões de toneladas em 2020. A produção asiática aumentou graças a uma safra recorde na Índia. Na China, a produção teve alta de 1% em 2021, contra 0,5% em 2020. Na Tailândia, a produção continua avançando, bem como no Vietnã. Nos Estados Unidos, após o forte aumento em 2020, a produção contraiu 10% em 2021 devido à redução das áreas plantadas. No Mercosul, a produção melhorou, especialmente no Brasil, onde se estima um aumento de 4,5% em relação a 2020. Na África Subsaariana, a produção de arroz voltou a sofrer das más condições climáticas, especialmente na África Ocidental. Em Madagascar, a estimativa é de que a produção tenha recuo de 3,5% em 2021.

Em 2021, o comércio mundial do arroz aumentou significativamente em 7,5%, para 49,0 milhões de toneladas contra 45,6 milhões de toneladas em 2020. As necessidades de importação aumentaram 10% no sul da Ásia, especialmente em Bangladesh. As importações chinesas também aumentaram em 2021, bem como na África Subsaariana, onde se observou um forte crescimento das importações, especialmente na Nigéria, Costa do Marfim e Senegal. A Índia afirma-se como líder mundial, alcançando um novo recorde de exportação de 20,5 milhões de toneladas, 41% acima de seu recorde anterior em 2020 e respondendo por 40% do comércio mundial. Apesar de um forte aumento das exportações durante o segundo trimestre do ano, a Tailândia terminou 2021 na terceira posição, atrás do Vietnã onde as vendas aumentaram 7% em 2021.

Em 2022, o comércio mundial pode avançar 5%, para 51,5 milhões de toneladas, o equivalente, pela primeira vez, a 10% da produção mundial. Os estoques mundiais de arroz no final de 2021 avançaram 0,7% para 187 milhões de toneladas contra 185,8 milhões de toneladas em 2020, representando 36% das necessidades mundiais, e ficando dentro da média dos últimos cinco anos. Este aumento se deve principalmente aos estoques da Índia, onde as colheitas foram volumosas em 2021. Por outro lado, os estoques da China estão em queda de 0,5%, mas ainda são abundantes, o equivalente a 70% do consumo anual e 55% dos estoques mundiais. Os estoques nos principais países exportadores aumentaram 5% em 2020/2021, para 52 milhões de toneladas, o equivalente a 28% dos estoques mundiais. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.