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17/Nov/2021

Comércio global de arroz terá forte alta em 2022

Segundo a FAO, a produção mundial de arroz em 2021 deve aumentar 1% para 780,5 milhões de toneladas (518,2 milhões de toneladas base beneficiado) contra 773 milhões de toneladas em 2020. A produção asiática deve aumentar graças à safra recorde esperada na Índia. Na China, a produção crescerá 1%, contra 0,5% em 2020. Na Tailândia, a produção deve crescer novamente em 3,5%, enquanto no Vietnã, espera-se que as colheitas aumentem apenas 0,7%. Nos Estados Unidos, após o forte aumento em 2020, a produção tive uma queda de 10% em 2021. No Mercosul, a produção cresceu, especialmente no Brasil, onde se estima um aumento de 4,5% em relação a 2020. Na África Subsaariana, a produção de arroz voltou a sofrer das más condições climáticas.

Em 2021, o comércio mundial de arroz deve aumentar significativamente, em 7,6% para 49,1 milhões de toneladas, contra 45,6 milhões de toneladas em 2020. As necessidades de importação aumentaram em 10% no sul da Ásia, especialmente em Bangladesh. As importações chinesas aumentaram 8% em 2021. A África Subsaariana mostra também um forte crescimento das importações, especialmente na Nigéria, Costa do Marfim e Senegal. A Índia mantém sua liderança no mercado e espera-se que estabeleça um novo recorde de exportação em 17,5 milhões de toneladas, 20% acima de seu recorde anterior, em 2020. A Tailândia verá suas vendas externas cair mais uma vez ficando em terceiro lugar no mundo, atrás da Índia e do Vietnã. Este último confirma seu segundo lugar, expandindo exportações em 7%.

Em 2022, o comércio mundial poderia aumentar novamente em 5% e atingir 51 milhões de toneladas pela primeira vez, o equivalente a 10% da produção mundial. Os estoques mundiais de arroz no final de 2021 devem crescer em 0,7% para 187,1 milhões de toneladas contra 185,7 milhões de toneladas em 2020. As reservas permanecem em níveis satisfatórios, representando 36% do consumo mundial, ficando no percentual médio dos últimos cinco anos. Este aumento deve-se principalmente ao aumento dos estoques indianos graças às boas colheitas previstas em 2021. Por outro lado, espera-se que os estoques chineses diminuam em 0,5%, mas ainda são abundantes, o equivalente a 70% do consumo anual. Espera-se que os estoques nos principais países exportadores aumentem em 5% em 2020/2021 para 52 milhões de toneladas, ou 28% dos estoques mundiais. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz – CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.