15/Out/2021

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) informou que o Índice Nacional de Consumo nos Lares Brasileiros (INC) caiu 2,33% em agosto na comparação com julho deste ano. Em relação a agosto do ano passado, o índice recuou 1,78%. A Abrasmercado (cesta de 35 produtos de largo consumo), por sua vez, viu o preço subir 1,07% em agosto e acumular alta de 6,41% no ano. No mesmo período, o IPCA alimentos teve alta de 4,77%. A entidade mantém projeção de 4,5% de crescimento do setor no ano. Em momentos de inflação e alta do dólar é importante que o consumidor faça pesquisas. Dentre 32 marcas de arroz, a diferença de preço pode ser de R$ 15,49, na marca mais barata, para R$ 29,90, na marca mais cara.

Da mesma forma, a marca líder do setor pode variar de R$ 17,59 a R$ 23,79 em 13 lojas diferentes. A disponibilização de um montante menor para o Auxílio Emergencial, bem como a inflação crescente têm impacto negativo sobre as vendas dos supermercados. Com a queda de 2,33% no consumo das famílias em agosto na comparação com julho deste ano, o setor teve o pior recuo desde janeiro de 2020. A inflação não é só no Brasil, é mundial. O aumento da energia e combustíveis ainda devem ter efeito sobre os preços. Alguns aumentos de preço de insumos do setor produtivo ainda não chegaram na ponta e que essas altas ainda devem aparecer para os consumidores. Como causas gerais da atual alta de preços, pode-se citar a alta de insumos, desvalorização do Real e o consequente aumento das exportações. Na ponta, o consumidor acaba fazendo substituições em sua cesta de produtos.

Na carne bovina, quando se compara o período de janeiro a julho deste ano com o mesmo período do ano passado, há um recuo de mais de 20% no consumo. Dentre os fatores positivos para os próximos meses, a entidade cita a Semana Brasil e o feriado prolongado, que devem aparecer nos números de setembro; bem como a Black Friday, demais feriados e a reabertura da economia como um todo que teriam efeitos positivos nos meses seguintes. Os problemas de insumos da indústria podem prejudicar as promoções de alguns segmentos de produtos, mas isso seria algo pontual. O varejo é criativo e rápido para programar ofertas. Pode haver alguns recuos, mas a perspectiva é de crescimento. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.