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14/Out/2021

Estoques globais de arroz devem crescer em 2021

Segundo as últimas estimativas da FAO, a produção mundial de arroz em 2020 avançou 2,1%, para 773 milhões de toneladas (514,2 milhões de toneladas base beneficiado). Em 2021, novas projeções indicam um aumento de 1,3%, para 782,7 milhões de toneladas (519,7 milhões de toneladas base beneficiado). Em 2020, a produção asiática aumentou graças à extensão das áreas plantadas e a melhores rendimentos na China e na Índia. Na Índia, a produção avançou 3,5%, enquanto na China, o aumento foi de apenas 0,5%. Na Tailândia, a produção teve alta de 3,7%, apesar da seca em meados do ano. Nos Estados Unidos, a safra aumentou 22% em comparação ao ano anterior. Na América Latina, a produção também se recuperou, especialmente no Brasil.

Na África Subsaariana, a produção de arroz foi afetada pelas inundações no final do ciclo de cultivo, especialmente nas regiões ocidentais, e não se espera um incremento em relação a 2019, o que aumentará significativamente a demanda de importação em 2021. Em 2020, o comércio mundial do arroz cresceu 3,1% para 45,5 milhões de toneladas contra 44,2 milhões de toneladas em 2019. As necessidades de importação foram maiores na América Latina e no Caribe devido a um salto no consumo de arroz por causa da pandemia de Covid-19. A Índia, o maior exportador do mundo, registrou avanço de 50 % em suas exportações, graças a preços extremamente competitivos. Em contraste, as vendas da Tailândia caíram 25%, marcando seu nível mais baixo nos últimos vinte anos.

O Vietnã resistiu melhor à onda indiana, apresentando uma queda de apenas 4,5%, subindo para o segundo ranking mundial e ultrapassando a Tailândia pela primeira vez. Em 2021, as previsões indicam uma forte recuperação no comércio mundial de 8% para 49,2 milhões de toneladas, 3,7 milhões de toneladas a mais do que em 2020. Este aumento deve favorecer principalmente a Índia, onde as vendas externas poderiam atingir um novo recorde de 17,5 milhões de toneladas, quase 40% das exportações mundiais. A demanda de importação deve aumentar significativamente em Bangladesh e na África Ocidental, especialmente na Nigéria, Costa do Marfim e Senegal. Os estoques mundiais de arroz no final de 2020 foram reduzidos em 1%, para 184,3 milhões de toneladas contra 186,2 milhões de toneladas em 2019.

No entanto, permanecem em níveis satisfatórios, representando 36% do consumo mundial. Este declínio afetou principalmente a China, embora seus estoques permaneçam altos, equivalentes a 70% de seu consumo anual. Além disso, os estoques nos principais países exportadores devem aumentar novamente em 2020/2021, atingindo 53 milhões de toneladas, 30% dos estoques mundiais. Por outro lado, os estoques nos principais países importadores, especialmente os países da África, devem diminuir. Em 2021, os estoques mundiais devem aumentar 1%, para 185,6 milhões de toneladas. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.