03/Set/2021

Segundo a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), os preços do arroz devem ficar estáveis este ano. A safra 2020/2021 foi muito boa, fruto do clima que favoreceu a produtividade das lavouras do Rio Grande do Sul. A estimativa é de estabilidade a queda de 5% na área plantada com arroz no Estado, em virtude da crise hídrica. Até novembro, período de desenvolvimento do cereal, não é possível observar aumento na capacidade de recuperação dos mananciais hídricos, pela defasagem atual do sistema. O plantio da commodity no Estado ocorre em outubro.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê incremento de 2,4% na área semeada no Rio Grande do Sul. Mesmo com a possível queda na produção, há expectativa de que a produtividade se mantenha próxima a 9 toneladas por hectare, como o reportado na safra 2020/2021. Haverá incremento de 20% a 30% no custo de produção na safra de arroz 2021/2022 no Estado. O aumento é preocupante. Há investimento do produtor em tecnologia para aumentar produtividade e reduzir pressão de custos.

De 50% a 60% dos produtores já adquiriram insumos agrícolas para a próxima safra, especialmente defensivos e fertilizantes.

A Conab estima alta de 0,4% na produção brasileira de arroz na safra 2021/2022 ante o ciclo 2020/2021 para 11,8 milhões de toneladas, apesar da projeção de queda de 1,9% na produtividade. A área plantada com o cereal no País deve crescer 1,4% em 2021/2022, impulsionada pela rentabilidade favorável da safra 2020/2021. Se confirmados o incremento na área plantada e na produção de arroz, para a safra 2021/2022, a importação brasileira deve ficar em 1 milhão de toneladas e as exportações, em 1,4 milhão de toneladas. Fonte: Agência Estado.