14/Jul/2021
De acordo com as últimas estimativas da FAO, a produção mundial de arroz em 2020 aumentou 2,3%, para 774,5 milhões de toneladas (514,3 milhões de toneladas base beneficiado). Em 2021, as novas projeções indicam um aumento de 1% para 782,4 milhões de toneladas. Na Ásia, a produção aumentou graças à extensão das áreas plantadas e a maiores rendimentos na China e na Índia. Na Índia, a produção aumentou 3,5%, enquanto na China, o aumento foi de apenas 0,5%. Na Tailândia, a produção melhorou em 3,7%, apesar da seca em meados do ano. Nos Estados Unidos, a safra aumentou 22% em comparação ao ano anterior.
Na América Latina, a produção também se recuperou, especialmente no Brasil. Na África Subsaariana, a produção de arroz foi afetada pelas inundações no final do ciclo de cultivo, especialmente nas regiões ocidentais, e não se espera um incremento em relação a 2019, o que aumentará significativamente a demanda de importação em 2021. O comércio mundial do arroz cresceu 2,8% em 2020, para 45,4 milhões de toneladas, contra 44,2 milhões de toneladas em 2019. As necessidades de importação foram maiores na América Latina e no Caribe devido a um salto no consumo de arroz em resposta à pandemia de Covid-19. A Índia, o maior exportador do mundo, elevou a exportação em 50%, graças a preços extremamente competitivos.
Em contraste, as vendas da Tailândia caíram 25%, marcando seu nível mais baixo em 20 anos. O Vietnã resistiu melhor à onda indiana, com uma queda de apenas 4,5%, subindo para o segundo lugar no mundo e ultrapassando a Tailândia pela primeira vez. Em 2021, espera-se um aumento significativo no comércio mundial de 6%, para 48,2 milhões de toneladas, ou seja, 2,7 milhões de toneladas a mais do que em 2020. A demanda de importação deverá crescer fortemente em Bangladesh e na África Ocidental, como na Nigéria, Costa do Marfim e Senegal. Os estoques mundiais de arroz diminuíram 1,6% em 2020, para 183 milhões de toneladas contra 186,1 milhões de toneladas em 2019.
Entretanto, eles permanecem em níveis confortáveis, representando 36% do consumo mundial. Este declínio afetou principalmente a China, embora seus estoques permaneçam altos, equivalentes a 70% de seu consumo anual. Além disso, espera-se que os estoques dos principais países exportadores aumentem novamente em 2020/2021, para 53 milhões de toneladas - 30% dos estoques mundiais. Por outro lado, os estoques nos principais países importadores, particularmente na África, devem diminuir. Em 2021, os estoques mundiais poderão aumentar 0,5%, para 184 milhões de toneladas. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.