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06/Jul/2021

Consumo: compras diluídas no mês e menos gastos

A pandemia mudou a forma como o consumidor realiza suas compras do mês. As de abastecimento (aquelas maiores e com mais itens) são tradicionalmente feitas no começo do mês, quando as pessoas recebem seus salários. De acordo com estudo da Kantar, com o aumento do desemprego e redução da renda, essas compras mais pesadas foram diluídas e ganharam importância no meio e fim de mês. As pessoas costumavam fazer as compras mais robustas no começo do mês, quando recebem seus salários. Mas, esses gastos passaram para o meio e fim do mês. Porque o consumidor sabe que o próximo pagamento está chegando e que é possível gastar mais. Além das compras maiores, ficaram para o fim do mês as aquisições de produtos mais caros. A lógica é a mesma: esperar o fim do mês para ver se aqueles itens estão no orçamento familiar.

No começo da pandemia, em março de 2020, os consumidores correram aos supermercados e fizeram grandes compras de abastecimento, com receio sobre quanto tempo a pandemia iria durar e se iria faltar produtos. Com o passar dos meses, o consumo foi se normalizando. Com a volta das restrições, em fevereiro e março deste ano, os consumidores fizeram menos compras. A frequência caiu bastante. Só que diferentemente do começo da pandemia, as pessoas não levaram tantos itens para casa desta vez. Conforme o levantamento da Kantar, o consumo neste período caiu 5% em relação a igual período de 2020. No começo do mês, consumidores de todas as classes sociais costumam se abastecer em atacarejos e hipermercados. As mudanças de hábito começam no meio e fim de mês. No meio do mês, as classes AB e C, vão ao supermercado e pequeno varejo, enquanto a classe DE empurra o gasto para o fim do mês. O fim do mês passa a ser mais relevante para a compra de urgência, aquela em que o consumidor leva poucos itens.

O atacarejo deixou de ser um canal de abastecimento exclusivo para a baixa renda. Esse canal cresceu bastante e serve como canal de abastecimento de todas as classes sociais. O formato se modernizou, deixou de ser aquele lugar feio e oferece novos serviços. É claro que as limitações têm um limite, pois é preciso manter o atrativo do preço. A participação do e-commerce nas compras saltou de 3% no começo da pandemia para 5,8% no fim de 2020. No e-commerce, as compras mais pesadas são realizadas no começo do mês, com preferência para produtos de marca própria. No meio do mês, o consumidor compra marcas premium e no final, produtos econômicos. O e-commerce vem crescendo muito e o WhatsApp tem papel importantíssimo nisso, representa 3,8% das compras. Fonte: Newtrade. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.