15/Abr/2021

Em março, os preços mundiais do arroz caíram 2% em função da chegada de novas safras na Ásia e no Hemisfério Sul, com exceção da Índia, onde os preços permanecem firmes graças à forte demanda nos países asiáticos e africanos, mas continuam sendo os mais competitivos do mercado. A demanda global deve permanecer forte dentro do contexto da pandemia Covid-19 e da progressão do consumo mundial de 2% em 2021. É o aumento anual mais forte desde 2013. O comércio mundial também deve aumentar significativamente em 6%, estimulado pela demanda da África, que pode se recuperar expressivamente em 15% para 18 milhões de toneladas, o equivalente a 37% das importações mundiais e 43% do consumo anual do continente africano. Do lado dos exportadores, a Índia continua a sua dinâmica com uma taxa de exportação mensal de 1,5 milhões de toneladas, e poderá estabelecer um novo recorde de vendas de quase 16 milhões de toneladas em 2021.

Na Índia, os preços do arroz subiram 4% em março ante fevereiro, mas continuam os mais competitivos, marcando um diferencial confortável de US$ 100,00 por tonelada em relação aos principais concorrentes. As exportações continuam ativas, marcando uma taxa mensal de 1,5 milhões de toneladas e as perspectivas em 2021 são excelentes, podendo superar um volume recorde de 16 milhões de toneladas. A demanda de Bangladesh e Nepal deve ser significativa, assim como no Benin e no Senegal. Em março, o arroz indiano 5% quebrado esteve cotado a US$ 408,00 por tonelada FOB contra US$ 393,00 por tonelada em fevereiro. O arroz indiano 25% avançou para US$ 368,00 por tonelada contra US$ 353,00 por tonelada. Neste início de abril, os preços se mantêm estáveis.

Na Tailândia, os preços caíram 5%, em função da desvalorização do bath em relação ao dólar e da chegada da nova safra no mercado. A demanda de importação está mais fraca e as exportações tailandesas alcançaram apenas 300 mil toneladas contra 408 mil toneladas em fevereiro, com atraso de 23% em relação ao ano passado na mesma época. Em 2020, as vendas tailandesas recuaram 25% para 5,7 milhões de toneladas, o nível mais baixo em vinte anos. Em março, o preço do arroz Thai 100% B caiu para US$ 515,00 por tonelada contra US$ 540,00 por tonelada em fevereiro. O arroz parboilizado tailandês caiu para US$ 505,00 por tonelada contra US$ 520,00 por tonelada anteriormente. O arroz quebrado A1 Super cedeu 3% em março, para US$ 444,00 por tonelada contra US$ 458,00 por tonelada em fevereiro. Neste início de abril, os preços estão em viés baixista.

No Vietnã, os preços de exportação caíram 2% em março com a chegada da safra inverno-primavera, mas ainda permanecem no nível mais alto dos últimos dez anos. A demanda de importação está aumentando e o tráfego marítimo está mais ativo nos portos do país, especialmente com destino às Filipinas, China e Bangladesh. Em março, as exportações ultrapassaram 400 mil toneladas contra 310 mil toneladas em fevereiro, mas com atraso de 33% em relação ao ano passado na mesma época. Em março, o Viet 5% esteve cotado a US$ 509,00 por tonelada contra US$ 520,00 por tonelada em fevereiro. O Viet 25% foi negociado a US$ 484,00 por tonelada em março contra US$ 494,00 por tonelada em fevereiro. Neste início de abril, os preços tendem à queda.

No Paquistão, os preços do arroz caíram 3% em um contexto de queda das cotações locais e vendas externas moderadas. As exportações apresentaram um atraso de 13% em relação a 2020 na mesma época. Em março, o Pak 25% foi negociado a US$ 390,00 por tonelada contra US$ 404,00 por tonelada em fevereiro. Neste mês de abril, os preços ainda estão fracos. Nos Estados Unidos, os preços do arroz caíram 2%, em um mercado pouco ativo. Em março, as exportações chegaram a apenas 220 mil toneladas contra 300 mil toneladas em fevereiro. A América Central e o Caribe são os principais mercados com 60% das exportações norte-americanas. Em março, o preço indicativo do arroz Long Grain 2/4 cedeu para US$ 579,00 por tonelada contra US$ 589,00 por tonelada em fevereiro. Neste início de abril, o preço se mantém estável. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.