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15/Abr/2021

Comércio global de arroz deve avançar em 2021

De acordo com as últimas estimativas da FAO, a produção mundial de arroz em 2020 aumentou 2,1% para 773,5 milhões de toneladas (513,6 milhões de toneladas base beneficiado). A produção da Ásia aumentou graças à extensão das áreas plantadas e melhores rendimentos na China e na Índia. Na Índia, a produção avançou 3,5%, enquanto na China estima-se crescimento de apenas 0,5%. Na Tailândia, a produção teve alta de 3,7%, apesar da seca em meados do ano. Nos Estados Unidos, a safra cresceu 22% em relação ao ano anterior. Na América Latina, a produção também se recuperou, principalmente no Brasil. Na África Subsaariana, a produção de arroz foi atingida por inundações no final do ciclo de colheita, especialmente nas regiões ocidentais, e não deve avançar muito em comparação com 2019, o que aumentará significativamente as necessidades de importação em 2021.

Em 2020, o comércio mundial cresceu 2,9%, para 45,5 milhões de toneladas contra 44,2 milhões de toneladas em 2019. As necessidades de importação foram maiores na América Latina e no Caribe devido a um salto no consumo de arroz relacionado à pandemia de Covid-19. A Índia, o maior exportador do mundo, viu suas exportações dispararem em 50% graças a preços extremamente competitivos. Em contraste, as vendas da Tailândia caíram 25%, atingindo o nível mais baixo em vinte anos. O Vietnã resistiu melhor à onda indiana, com queda de apenas 4,5%, subindo para o segundo lugar no ranking mundial e ultrapassando a Tailândia pela primeira vez. Em 2021, as previsões indicam uma recuperação significativa no comércio mundial de 6% para 48,2 milhões de toneladas, 2,7 milhões de toneladas a mais do que em 2020. Uma forte demanda de importação espera-se em Bangladesh e em países da África, como Nigéria, Costa do Marfim e Senegal. Os estoques mundiais de arroz no final de 2020 diminuíram 1,5%, para 182,7 milhões de toneladas contra 185,3 milhões de toneladas em 2019.

No entanto, eles permanecem em níveis satisfatórios, representando 36% das necessidades mundiais. Essa queda afetou principalmente a China, mas suas reservas ainda são importantes, equivalentes a 70% de seu consumo anual. Por outro lado, os estoques dos principais países exportadores devem aumentar novamente em 2020/2021, chegando a 53 milhões de toneladas, ou 30% dos estoques mundiais. Entretanto, os estoques devem ser reduzidos nos principais países importadores, especialmente nos países africanos. Em 2021, os estoques mundiais devem permanecer estáveis em torno de 182,7 milhões de toneladas. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.