29/Mar/2021

Em um país como o Brasil, com mais de 210 milhões de habitantes em um território com dimensões continentais, o pequeno varejo assume papel fundamental na distribuição de alimentos, bebidas e outras categorias essenciais. Essa situação ficou notória durante a pandemia de Covid-19, pois os consumidores priorizaram os pequenos comércios por estarem na vizinhança e nutrirem um relacionamento mais próximo. No entanto, o pequeno varejo é um dos setores que mais sofre com a crise atual. Em julho do ano passado a “Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas”, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que pouco mais de 145 mil varejistas já haviam encerrado as atividades por dificuldades provocadas pela pandemia.

Esse é um número importante que demanda esforços, inclusive da cadeia de alimentos e bebidas, para assegurar que esse cenário não piore ainda mais e que ao menos retorne ao patamar anterior. Justamente por ser fundamental para comercialização de alimentos em todo o Brasil, o pequeno varejo também é de extrema importância para as indústrias que desejam alcançar todas as regiões do País. É o caso da Nissin Foods do Brasil, em que os pequenos varejistas representam cerca de 70% da cobertura da marca. Chegar até eles é uma parceria com os distribuidores que se encontram em todo Brasil. Isso significa que assegurar o abastecimento dos produtos para esse canal, estabelecer parcerias e ações próprias para os pontos venda são iniciativas que podem ser tomadas pela indústria para apoiar o desenvolvimento dos comércios locais e do setor.

Nesse cenário, destacam-se os materiais de merchandising diferenciados e customizados, o atendimento de qualidade com um time bem treinado que saiba valorizar a parceria com o dono do varejo e que respeite as demandas do público consumidor de cada região. Outro ponto importante para a indústria chegar aos comércios locais é garantir a qualidade da distribuição. Dessa forma, se faz necessário ter parceiros que entendam a importância do pequeno varejo para a indústria e a sociedade, atuando como uma ponte segura e de mão-dupla para os canais. Ou seja, os distribuidores, assumem um papel fundamental nessa relação.

Durante a pandemia, outra estratégia de apoio mútuo entre indústria e o pequeno varejo se destacou: a digitalização do canal B2B2C, na qual os grandes produtores podem criar e-commerces próprios ou até marketplaces em parceria com os pequenos comércios para atrair os consumidores finais. Obviamente, um projeto robusto como este precisa ser bem pensado e executado para evitar conflito de canal. Porém, é possível começar gradualmente e escalonar o negócio após alguns meses, garantindo o suporte e a digitalização do pequeno varejo. Seja durante a pandemia ou no pós-pandemia, os comércios locais continuarão a ser de suma importância para as indústrias e para os consumidores, por isso é o momento de entender os problemas desses pequenos comerciantes e ajudá-los a superar os obstáculos da atual crise. Fonte: Novarejo. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.