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25/Mar/2021

Varejo: concentração setor ainda é baixa no Brasil

O topo do varejo alimentar brasileiro está atento ao anúncio da compra do Grupo BIG, dono do antigo Walmart, pelo Carrefour, que mexeu no ranking dos maiores varejistas nacionais. O Carrefour continua na liderança, mas sua participação agora é de 15,3% do mercado total (vendas brutas de R$ 99,651 bilhões), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e relatórios financeiros publicados pelas companhias. Os dados consideram faturamento de R$ 650 bilhões em 2020 para o varejo alimentar, nos mais diferentes formatos: supermercado, hipermercado, atacarejo e conveniência. O Assaí, que acaba de passar por uma operação de cisão do Grupo Pão de Açúcar (GPA), tem 6,1% (R$ 39,369 bilhões).

A operação brasileira do GPA Multivarejo vem na sequência, com 4,8% (R$ 31,004 bilhões). Ou seja, mesmo reunindo os dois grupos, a participação de 10,9% é mais de 4% inferior à do Carrefour. Numa distante quarta posição está o chileno Cencosud, dono de redes como G. Barbosa, Bretas e Prezunic, com 1,5% (R$ 9,980 bilhões). Mesmo após a aquisição, a concentração no setor no Brasil continua muito baixa. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), ainda é cedo para falar em concentração no varejo alimentar, um setor altamente pulverizado. Considerando os dados de 2019, o Carrefour e o BIG já tinham juntos uma participação de 12,75%, frente a 8,75% do GPA com o Assaí.

São fatias expressivas perto de concorrentes menores, mas ainda diluídas no todo. A tendência é que novos movimentos de aquisição sejam observados pelos grandes grupos. Mas, mesmo varejistas regionais vêm se movimentando, como exemplo pode-se citar o Grupo Mateus, com forte atuação na Região Nordeste, que fez sua estreia na B3 em outubro do ano passado, levantando cerca de R$ 4,6 bilhões. A disputa pelo modelo de atacarejo deve se intensificar. É o modelo que mais tem sido buscado pelas famílias brasileiras, mesmo antes da crise da pandemia, por conta dos preços mais competitivos. Com isso, cada vez mais, o setor como um todo deve vir a converter as bandeiras de hiper e super em lojas de atacarejo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.