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01/Fev/2021

BBM registra contratos de venda futura de arroz

Um trâmite muito comum no mercado da soja e de outros produtos agora já é realidade também no mercado nacional do arroz. Nas últimas semanas, a corretora Expoente, localizada no Rio Grande do Sul, maior produtor de arroz do Brasil, registrou em Bolsa contratos de venda futura do cereal. Até então, o travamento futuro no setor de arroz não existia no mercado. O preço travado refere-se à safra que será colhida a partir deste mês com entrega estimada entre fevereiro e abril deste ano e envolveu produtores e indústrias tradicionais no segmento orizícola. A compra e venda futura contou com três diferentes respaldos. O primeiro deles foi efetuado pelo Sinag, o Sistema de Registro de Negócios Agrícolas da Bolsa Brasileira de Mercadorias.

A exemplo do Sinap, que atende ao mercado do algodão há mais de uma década, o objetivo do dispositivo é oferecer segurança operacional aos vendedores e compradores. Todos os negócios com produtos de origem agrícola, formalizados por meio de contrato de compra e venda em operações à vista, a prazo ou a termo, intermediados por corretoras associadas, podem ser registrados na Bolsa hoje. Com o travamento de preço, o produtor consegue planejar melhor o plantio da próxima safra, decidindo de forma mais assertiva o tamanho da área que será plantada, assim como também consegue programar melhor a compra de insumos. Este era um desejo antigo do setor. É um ganho importantíssimo para todas as partes.

O segundo respaldo oferecido pela operação é de que os contratos registrados na BBM contam com a amparo da Câmara Arbitral para resolver qualquer possível conflito entre as partes, o que é feito por meio de um quadro de árbitros experientes no segmento do agronegócio. Até hoje, a Câmara Arbitral da BBM conseguiu resolver 100% dos casos que chegaram até ela, sem precisar recorrer à justiça comum, conhecida por sua morosidade. Para completar o ciclo, o contrato foi assinado digitalmente entre as partes, ou seja, não houve necessidade de deslocamento e de idas ao cartório. Foi muito positivo pois era período de plantio de safra e o produtor não precisou sair da lavoura para assinar e reconhecer firma, o que é ainda mais importante em tempos de pandemia. A Expoente é uma das mais de 140 corretoras associadas à Bolsa Brasileira de Mercadorias. Além deste volume, a corretora espera registrar novos contratos de arroz no mercado futuro já nos próximos dias.

Historicamente, faz-se um contrato de papel que precisa circular entre corretor, comprador e vendedor, depois, este papel vai para o cartório e o documento volta para as partes. Corretor e produtor podem estar em cidades diferentes e isso gera um custo grande em tempo e em recursos financeiros. Com a assinatura digital, nada disso foi necessário. Em maio de 2020, a BBM registrou também o primeiro contrato de feijão e de gergelim da história. A operação foi realizada pela Correpar Corretora. Esta prática deve se tornar cada vez mais comum em diferentes mercados. O fato de produtores e compradores já possuírem um e-CPF em seu nome, corrobora com este cenário. A expectativa é de que essa iniciativa traga novos frutos para o futuro e para outros produtores e indústrias no que diz respeito à facilidade dos negócios. Fonte: BBM. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.