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19/Jan/2021

Comércio mundial de arroz deve crescer em 2021

De acordo com as últimas estimativas da FAO, a produção global do arroz em 2019 foi de 754,7 milhões de toneladas (501,1 milhões de toneladas base beneficiado), o que representa uma queda de 1,1% em relação a 2018. Em 2020, apesar das dificuldades relacionadas com a pandemia de Covid-19 e as más condições climáticas na metade do ano, as projeções de produção indicam uma recuperação de 1,6% para 767 milhões de toneladas (509 milhões de toneladas base beneficiado). O principal aumento será visto na Ásia graças a uma extensão das áreas plantadas, especialmente na China e na Índia. Na Tailândia, a produção deve aumentar, mas menos do que o esperado por causa da seca que afetou a segunda safra em meados do ano. Houve uma melhoria nos Estados Unidos, onde as colheitas aumentaram 17% em relação ao ano anterior.

Uma recuperação parcial da produção também é esperada na América Latina e no Caribe. Na África Subsaariana, as inundações no final do ciclo de cultivo, particularmente nas regiões ocidentais, podem limitar o aumento da produção de arroz, eventualmente permanecendo estável em comparação com o ano anterior, o que pode aumentar significativamente as necessidades de importação. Em 2019, o comércio mundial do arroz caiu 9% para 44,2 milhões de toneladas contra 48,5 milhões de toneladas em 2018. Os principais importadores asiáticos reduziram suas demandas de importação, exceto as Filipinas. As importações da África também caíram, 16,7 milhões de toneladas contra 16,9 milhões de toneladas em 2018. Em 2020, estima-se que o comércio mundial tenha aumentado 1%, para 44,7 milhões de toneladas.

Este aumento beneficiará principalmente a Índia, o principal exportador mundial, apontando uma forte recuperação nas vendas externas graças preços extremamente competitivos. Em contraste, as exportações da Tailândia recuaram 25%, o nível mais baixo dos últimos vinte anos. O Vietnã terminou o ano melhor do que o esperado, com uma redução em suas vendas de apenas 4%, subindo para o 2º lugar no mundo, e ultrapassando pela primeira vez a Tailândia. As primeiras projeções para 2021 indicam uma recuperação significativa no comércio mundial de 7% para 47,7 milhões de toneladas, 3 milhões de toneladas a mais do que em 2020. Espera-se que a demanda de importação dos países da África, particularmente Nigéria, Costa do Marfim e Senegal, aumente significativamente. Esta recuperação no comércio mundial deve beneficiar todos os exportadores mundiais, com exceção do Mercosul e dos Estados Unidos, onde os preços de exportação permanecem relativamente altos.

Os estoques mundiais de arroz no final de 2019 aumentaram em 5% para 185,1 milhões de toneladas contra 176,4 milhões de toneladas em 2018, atingindo o nível histórico mais alto. Em contraste, as estimativas para 2020 indicam uma redução de 1,8% para 181,8 milhões de toneladas. A redução será vista principalmente na China, mas suas reservas permanecem relativamente altas, correspondendo a 70% do consumo anual. Por outro lado, os estoques dos países exportadores devem aumentar novamente em 2020/2021 para 46 milhões de toneladas, o equivalente a 30% dos estoques globais. Em contrapartida, estima-se que os estoques nos países importadores poderiam ser reduzidos, especialmente nos países africanos. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz - CIRAD. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.