ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

11/Jan/2021

Consumidores ainda desconfiam do e-commerce

A pandemia do novo coronavírus impactou os hábitos de consumo dos brasileiros, principalmente com o crescimento do delivery de refeições, que já alcança 80% das zonas urbanas do País entre os consumidores de até 50 anos, de acordo com o Consumer Insights - estudo desenvolvido pela consultoria Kantar. Apesar desse crescimento, o e-commerce de produtos de uso diário ainda encontra restrições entre 51% dos brasileiros. A pesquisa indica que, no segundo trimestre de 2020, em comparação ao primeiro, o delivery de alimentos registrou aumento de 27% nos pedidos em dias úteis. Já no terceiro trimestre, o crescimento foi de 15% em relação ao anterior. A tendência também foi observada nos fins de semana, com aumento de 20% entre abril e junho versus janeiro a março. Esse crescimento colocou o Brasil ao lado dos mercados asiáticos em popularidade das entregas em domicílio. As pessoas que mais utilizam esse serviço já eram compradoras frequentes pelo delivery antes da pandemia. Outra característica apontada é que esse grupo é composto, em sua maioria, por homens com idades entre 25 e 34 anos, moradores de zonas urbanas e de classes altas.

Entre as motivações dos consumidores a solicitar a entrega de alimentos em domicílio, estão o prazer de aproveitar uma refeição em família ou de experimentar algo novo e o sentimento de merecer este "presente", além da conveniência de receber o produto em casa. Essa tendência foi observada em 75% dos brasileiros, enquanto a média global é de 59%. O e-commerce, por outro lado, enfrenta restrições entre os brasileiros - 51% dos consumidores disseram preferir fazer compras em lojas físicas mesmo durante a pandemia. Apesar disso, a modalidade teve um aumento expressivo no último ano, com 350 mil novos lares recebendo mercadorias. A plataforma com o maior nível de aceitação foi o WhatsApp, enquanto mídias sociais e sites têm o pior desempenho. A segurança e a figura do vendedor ainda são os principais desafios para o crescimento do e-commerce no País. Para 44% dos consumidores, não ter um funcionário para tirar dúvidas é uma barreira, enquanto 33% dizem não confiar em fornecer dados para compras online. Ainda há 19% que não encontram o produto esperado e 16% que se preocupam com o atraso nas entregas. A pesquisa foi feita em 11,3 mil lares do Brasil, por meio de pesquisa telefônica domiciliar. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.