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07/Dez/2020

Importações de fora do Mercosul são inexpressivas

Mesmo com a decisão do governo federal de zerar a alíquota de importação (TEC – Tarifa Externa Comum) sobre o arroz de fora do Mercosul, para o produto em casca e beneficiado, até 31 de dezembro deste ano, as importações de países de fora do bloco foram tímidas em novembro. Ingressaram no Brasil, já convertidas para base casca, 56 mil toneladas dos Estados Unidos, 12 mil toneladas da Índia, 9 mil toneladas do Suriname e 6 mil toneladas da Guiana. Esses volumes somam apenas 83 mil toneladas (base casca) da cota de 400 mil toneladas que podem ingressar sem alíquota de importação no Brasil até 31 de dezembro deste ano. Na verdade, as importações de terceiros mercados e sem imposto de importação são inexpressivas em termos de suprimento doméstico.

Ocorre que varejistas e indústrias de diversos Estados consultaram sobre preços e qualidade das opções de arroz importado fora do Mercosul, principalmente Estados Unidos, Índia e Guiana, mas entenderam que o tempo entre a chegada do produto no Brasil e a colheita da próxima safra, a partir de janeiro de 2021, estariam muito próximos. Isso elevaria o risco de ter o produto importado disponível a um preço acima do que estaria sendo praticado internamente entre dezembro deste ano e janeiro de 2021. De qualquer forma, a decisão de zerar a TEC interrompeu a trajetória de alta dos preços, sem provocar uma pressão baixista acentuada nas cotações internas. Os preços do arroz ao produtor recuaram 3,3% nos últimos 30 dias, no Rio Grande do Sul, maior produtor do País. A média atual do preço do arroz em casca FOB produtor no Rio Grande do Sul é de R$ 101,43 por saco de 50 Kg.