19/Nov/2020

Segundo a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (Fecoagro/RS), várias entidades ligadas ao setor agropecuário no Rio Grande do Sul assinaram documento conjunto pedindo aos governos estadual e federal medidas para minimizar os impactos da estiagem no Estado. Já na safra 2019/2020 foram perdidos 31% da produção de milho e 47% da de soja. E agora, em 2020, houve a questão do trigo, perdido em um primeiro momento por geada e depois por causa da falta de chuva. A previsão é de que, com os dois fatores climáticos, a quebra pode ultrapassar os 30%. A safra de milho de verão (1ª safra 2020/2021) também já está altamente comprometida.

As lavouras plantadas entre agosto e outubro contam com prejuízos irreversíveis. A região das Missões, a região de Santa Rosa, que passam por toda a faixa da região noroeste do Estado, costeando todo o Rio Uruguai, praticamente perdeu a safra. Mesmo a chuva que ocorreu nesta semana não teve impacto positivo sobre o milho. Em relação à soja, não se pode por enquanto avaliar os impactos, pois a oleaginosa ainda está no início do plantio. Entre as medidas sugeridas no documento está o incentivo à irrigação. As chuvas são suficientes, mas mal distribuídas.

Para tanto, a reivindicação vai no sentido de agilizar as licenças ambientais e garantir a isenção de tributos, já que os equipamentos de irrigação pagam 7% de ICMS. Outras propostas dizem respeito ao seguro rural, essencialmente à maior agilidade nas vistorias dentro do Proagro. Se o produtor tiver mais de 60% de prejuízo, ainda dará tempo para implantar outra cultura quando chover e garantir renda. Assinaram o documento, juntamente com a Fecoagro, a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag/RS), a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e a Emater-RS. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.