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18/Nov/2020

Safra de arroz 2020/2021 poderá sofrer retração

Num período em que o País deverá registrar novo recorde de produção de grãos na safra 2020/2021, a produção de arroz deverá alcançar 10,96 milhões de toneladas, de acordo com o segundo levantamento da próxima colheita feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). É um volume 0,7% maior do que o previsto no primeiro levantamento, mas 2,0% menor do que o colhido na safra anterior, de 11,18 milhões de toneladas. O preço do arroz tem pressionado a inflação nos últimos meses, mas as novas projeções estão longe de indicar ou sugerir a persistência da alta do produto para o consumidor final. A colheita prevista é suficiente para assegurar o abastecimento normal do mercado interno, de modo que não há, pelos dados disponíveis, risco de escassez de arroz para o consumidor brasileiro. Também não há razões para supor que os preços internos continuarão pressionados.

Nos últimos meses, a alta do dólar impulsionou as exportações de arroz e de outros produtos do agronegócio, pois ofereceu oportunidades reais de ganhos para os exportadores. Esse movimento pode ter reduzido temporariamente a oferta interna e impulsionado os preços nos supermercados. Além disso, os preços domésticos são fortemente vinculados às cotações dos produtos no mercado internacional e à taxa de câmbio. O governo chegou a reduzir as tarifas para a importação de um determinado volume de arroz, para tentar conter a alta do preço para o consumidor. Mesmo assim, o preço do produto, essencial na mesa do brasileiro, subiu muito, praticamente 60% no ano, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A expectativa é de que, com a entrada no mercado da nova safra, no início de 2021, os preços internos comecem a ceder. A próxima safra de grãos deverá alcançar 268,9 milhões de toneladas, o que representa aumento de 11,9 milhões de toneladas (ou 4,6%) em relação à colheita de 2019/2020. Será mais um recorde alcançado pelo setor agrícola, como ocorre há anos. A nova estimativa mensal da Conab leva em conta a recuperação da produtividade das culturas da soja e do milho safra de verão (1ª safra 2020/2021), severamente prejudicadas pela estiagem de 2019. A produção de soja deverá alcançar 135 milhões de toneladas, confirmando a posição do Brasil como maior produtor mundial da oleaginosa. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.