12/Nov/2020

Segundo o Itaú BBA, o aumento do volume de algodão beneficiado e ofertado ao mercado no Brasil deve minimizar a probabilidade de novas altas significativas das cotações da fibra no spot. Entretanto, esse cenário pressupõe um câmbio estável. As altas recentes dos preços no País ocorreram na esteira da baixa disponibilidade da pluma no mercado doméstico diante do beneficiamento lento e do foco dos produtores em cumprir contratos de exportação fechados previamente.

Para a safra 2020/2021, o atraso no plantio de soja em Mato Grosso, atrelado às boas perspectivas para o milho, deve levar a uma redução maior da área plantada de algodão, o que poderá diminuir a disponibilidade de pluma futura. Quanto aos preços internacionais, há espaço limitado para ganhos expressivos nos próximos meses, pois a perspectiva é de um ano-safra de excesso de produção em relação à demanda global. Um aumento mais relevante dos preços tende a ocorrer caso seja observada uma quebra mais relevante na produção de algum importante país produtor e exportador da pluma.

Do lado da demanda, a despeito dos sinais de aceleração do consumo em alguns países, caso do Brasil, o risco de segunda onda do novo coronavírus ao redor do mundo pode prejudicar o desempenho das economias e afetar o consumo global da pluma. Pressões adicionais poderiam vir de uma queda das cotações do petróleo e do consequente aumento da competitividade da fibra sintética. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.