24/Set/2020

A ministra Tereza Cristina, da Agricultura, mencionou nesta quarta-feira (23/09) que o preço do arroz subiu no mundo todo, e não só no Brasil, em razão da crise de abastecimento provocada em alguns países por causa da pandemia de coronavírus. Tereza Cristina garantiu, ainda, que o preço do cereal já está caindo nas gôndolas dos supermercados, após altas expressivas em função da queda dos estoques internos e das exportações em alta.

Segundo ela, o arroz já está custando entre R$ 22,00 e R$ 24,00 por saco de 5 Kg e não mais R$ 40,00 por saco de 5 Kg. Ela considerou este preço mais alto como oportunismo. A ministra voltou a afirmar que a próxima safra, que começa depois de 15 de janeiro na Região Sul do País (nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul), será muito boa e que não haverá problema de abastecimento, nem de preços. Ainda, mesmo sem risco de desabastecimento este ano, o País não poderia correr riscos e preferiu derrubar, até dezembro, a tarifa de importação de arroz de fora do Mercosul.

Isso foi feito para garantir uma reserva técnica, para que não houvesse a menor possibilidade de faltar arroz. Ela reconheceu que este ano o País registrou uma disparada de preços do produto. Houve aumento de consumo, aliado à menor produção, decorrente de anos de prejuízos dos produtores, descreveu. As pessoas ficaram em casa, consumiram mais arroz; o auxílio emergencial fez com que as pessoas pudessem comer melhor e investir mais em alimentos.

Ela afirmou que foram diversos fatores que levaram o preço do arroz a ficar mais alto. Em relação à crítica que se faz, de que o País deveria manter estoques públicos maiores de arroz, produto da cesta básica, Tereza Cristina disse que estocar arroz é caro e há uma série de desvios. Assim, segundo a ministra, não é só estoque (público) que dá segurança. Talvez seja necessário ter outros mecanismos, como por exemplo abrir antes a importação sem tarifas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.